Instituto Fadaris retoma atividades da iniciativa Pequenos Autores, Grandes Histórias

Projeto dedicado para crianças entre 8 e 12 anos, tem como objetivo promover a escrita como uma atividade prazerosa e divertida para este público. Serão realizadas três edições até o final de 2023

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O Pequenos Autores, Grandes Histórias, projeto do Fadaris - Instituto de Desenvolvimento, Educação e Cidadania, tem como propósito estimular uma cultura de interesse à literatura desde cedo, para além de incentivar a capacidade criativa, imaginativa, lúdica, empática e artística. Nos próximos 10 meses, 60 crianças estudantes de escolas públicas serão impactadas diretamente por meio de três edições deste projeto que faz parte do plano anual aprovado pelo ProAC ICMS, viabilizadas com patrocínio via lei de incentivo da Comgás, Tirolez, Wickbold, Kikkoman e Oster®.  

“As atividades levam um novo sentido à experiência social da escrita e da leitura, ampliando as trocas culturais entre crianças e jovens de diferentes realidades, potencializa as capacidades de pensar, criar e agir, fortalece a autoestima e autonomia, democratizando o acesso a ferramentas de qualidade de leitura e produção textual adequadas à faixa etária”, completa Beatriz Mansberger, fundadora do Instituto Fadaris.

Para esta nova fase do projeto, Beatriz encabeçará o time composto por psicólogas, pedagogas, ilustrador e voluntários, que por meio de ciclo de oficinas, irão realizar atividades em parceria com uma ONG já estabelecida na região. Cada edição é composta por oito encontros, com temas diversos e metodologias lúdicas:

• 1º encontro “cidadania”: construção cooperativa → os agentes indutores do tema levantam questões e vão escrevendo em um quadro as respostas, de modo a construir um texto coletivo com frases e reflexões trazidas pelas crianças.
• 2º encontro “respeito”: todos por um → alguns papéis são distribuídos pela sala e cada aluno escreve um parágrafo e passa o papel adiante para que o próximo escreva o próximo parágrafo e assim sucessivamente até que o texto esteja concluído.
• 3º encontro “dicionário”: cartolinas coloridas → diversas cartolinas coloridas, em formato de cartas de baralho, com ilustrações e palavras que as crianças devem trazer o significado.
• 4º encontro “circo”: manifestações artísticas → algumas músicas, imagens e poesias são apresentadas de modo a trazer elementos sobre a magia e o circo.
• 5º encontro “contos de fadas”: cartas desenhadas → cartas com imagens são tiradas pelos alunos que, com cada nova imagem, devem combinar frases e parágrafos.
• 6º encontro "sonhos": algumas frases norteadoras contarão a história de um personagem e seus sonhos de modo a inspirar as crianças a contarem os seus.
• 7º encontro "meus sentimentos": mímica, desenhos, características e criação de personagens que representam as emoções bases e os sentimentos
• 8º encontro "observando a cena": cena fictícia com objetos dispostos na sala como se alguém tivesse passado por ali e, em grupos de 3 crianças, eles devem contar o que aconteceu antes da misteriosa pessoa sair da cena.

Alunos do Ensino Médio de escolas particulares são convidados a participarem e, junto com os pequenos, ilustrarem as histórias criadas, propiciando trocas socioculturais importantes que rompem os muros da escola. Ao final de cada ciclo de oficinas, cada participante tem o seu livro impresso e é realizada uma tarde onde os pequenos autores autografam e entregam os exemplares dos livros aos presentes. Este dia propicia um ambiente para que as crianças vejam o resultado de toda uma caminhada e se sintam motivadas a escrever e criar, uma vez que verão suas próprias histórias contadas e ilustradas, tornando-se então “autoras” de um livro.

Com duas edições já realizadas, sendo a primeira em 2013, no CCT Paraisópolis, e na Casa do Zezinho, em 2014, a fundadora da ONG encontrou motivos para retomar o projeto Pequenos Autores, Grandes Histórias, quando teve acesso aos resultados de pesquisas envolvendo esta faixa etária, divulgadas por importantes organizações.

“A pandemia deixou marcas também nos pequenos, e um dado que chamou atenção foi o de que 66,3% é o número de crianças em fase de início da alfabetização (6 e 7 anos) que não sabiam ler e escrever, segundo seus responsáveis. Com isso, entendi que retomar as atividades do projeto pode contribuir para que este público possa ter os recursos necessários para se tornar o protagonista da construção de sua própria história de vida”, apresenta Beatriz.

Fonte: Todos Pela Educação (02/2021) - https://todospelaeducacao.org.br/wordpress/wp-content/uploads/2022/02/digital-nota-tecnica-alfabetizacao-1.pdf

Sobre Fadaris:

O Fadaris, Instituto de Desenvolvimento, Educação e Cidadania, fundado por Beatriz Mansberger em 2015, tem como objetivo trabalhar o capital social e cultural, mobilizando habilidades por meio de temas interessantes e estimulantes. As atividades colaboram para uma bagagem mais robusta e sólida sobre a realidade de si, do mundo e das possibilidades que o rodeia, incentivando o protagonismo por meio da arte e da cidadania.

O Chef Aprendiz, seu projeto mais conhecido, realiza edições em  ciclos de oficinas, dedicadas a jovens entre 17 e 24 anos, com atividades voltadas para habilidades socioemocionais, introdução ao universo da gastronomia, técnicas culinárias e mercado de trabalho. Contabiliza 9 edições já realizadas - Paraisópolis, Campo Limpo, Glicério, Jd. Colombo, Valo Velho, Capão Redondo, Chuvisco, Liberdade e Vila Andrade - e 136 jovens impactados diretamente. O principal objetivo do processo como um todo é desenvolver pessoas utilizando a gastronomia como fio condutor do currículo, visando empoderar os jovens a ingressarem no caminho profissional de forma mais segura e preparada.

A outra frente de projeto, o Pequenos Autores, Grandes Histórias, já realizou duas edições pilotos, uma em 2013, no CTT Paraisópolis, e a outra em 2014 na Casa do Zezinho. Este ano marca a retomada das atividades lúdicas de escrita para crianças do ensino público com idades entre 8 e 12 anos. Em formato de edições, suas oficinas têm como principal objetivo estimular uma cultura de interesse à literatura desde cedo e potencializar a capacidade criativa, imaginativa e lúdica dos participantes.