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A tecnologia pode auxiliar em inteligência emocional, física e espiritual para aumentar a nossa performance?


Por Khalil Sautchuk 

Como ex-atleta profissional de wakeboard, aprendi que quando falamos de alta performance, seja no esporte ou no trabalho, todos são extremamente dedicados, resilientes e talentosos. Portanto, sempre fica aquela pergunta: o que faz alguns serem mais bem-sucedidos que os outros, o que fez aquele atleta ganhar aquela competição ou como aquele empreendedor criou uma empresa milionária?

Ao longo da minha carreira, obtive diversas conquistas, e perdi algumas também, tanto no atletismo como no empreendedorismo, e, só assim, aprendi que a inteligência emocional é um grande fator no sucesso. Saber lidar com as emoções em ambientes de extrema incerteza, desafios, fracassos e até mesmo nos momentos de alegria é importantíssimo para ganhar aquela competição, atingir aquela meta ou objetivo. Quando trabalhamos a inteligência emocional por meio do autoconhecimento conseguimos chegar na alta performance e dar aquele 101%.

Mas não é tão simples. Segundo o último balanço divulgado pela a Organização Mundial da Saúde (OMS), 1 bilhão de pessoas no mundo vivem com algum transtorno mental, ou seja, um a cada sete habitantes do planeta Terra, está passando por questões como depressão, ansiedade, anorexia, burnout, e dentre outros, o consumo desenfreado de álcool e drogas. 

Quando não zelamos por nossa saúde mental, temos um grande prejuízo não só na performance profissional, como também na pessoal, nos afetando e atingindo também aqueles ao nosso redor. 

Durante o período de lockdown, o ser humano começou a entender que precisaria utilizar a tecnologia como aliada, adquirindo produtos de supermercado, farmácias, roupas, itens pessoais e para se aproximar, ainda que de modo virtual, das pessoas que estavam distantes. 

Essa temporada também mostrou o quanto é necessário cuidarmos da nossa saúde mental da mesma maneira como cuidamos do nosso corpo, com exercícios físicos e alimentação correta e saudável. Para preservarmos a saúde mental é importante nos mantermos munidos com outras práticas, como respiração, posturas, músicas, encontros para conversar sobre assuntos que fazem parte de nossos interesses, dentre outras metodologias. A grande massa da população não consegue visar o presente, sem pensar no futuro e esquecer o passado, e a tecnologia pode auxiliar neste momento para que o ser humano viva em plenitude e com uma saúde mental estável.

Outro ponto que contribui e muito para esse equilíbrio mental é o aprendizado de diferentes culturas, o que nos torna mais sociáveis, aprendemos uns aos outros a respeitar e a conviver, isso acontece desde sempre junto com a evolução do homem. Com toda certeza, sempre existe algo a ser melhorado ou repensado, por isso é tão importante viver e ouvir sobre diferentes culturas, obtendo com elas novos pontos de vista, reflexões e hábitos. Existe muita coisa boa sendo produzida e trabalhada no mundo, estamos em constante evolução e, acompanhar esse crescimento, faz com que tenhamos um planeta melhor, principalmente em relação a sustentabilidade, amor, paz, respeito, fraternidade, amizade e conhecimento.

O burnout, que ganhou evidência nesses últimos tempos, existe por um conjunto de fatores, nosso cérebro também se sobrecarrega e é nesse momento que o fato acontece. Portanto nutri-lo com coisas boas, desde experiências, trocas de conversas e informações valiosas, pode ajudar o ser humano a ter uma vida mais saudável e harmoniosa. 

Nos dias atuais existem redes sociais que estão alinhadas com os objetivos de desenvolvimento sustentáveis da ONU, unindo tecnologia e bem-estar, conectando pessoas ao redor do mundo para falarem de educação, arte, música, autoconhecimento, assuntos que vão ajudar no desenvolvimento do ser humano.

Nada melhor do que se sentir pertencente ao mundo e poder compartilhar e aprender uns com os outros, por isso, respondendo a pergunta que fiz no título deste artigo, sim a tecnologia é essencial para construir uma rede de apoio valiosa para o ser humano, principalmente para jovens ou pessoas que buscam ter uma troca de experiências sobre inteligência emocional. Assim, como uma corrente, vamos ajudar uns aos outros buscando o mesmo objetivo, um mundo cada vez melhor.

 

*Khalil Sautchuk Jezini, cofundador e CEO da Kornerz. Administrador com MBA em Gestão Executiva na IBMEC/MG, também é ex-campeão profissional de wakeboard*

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