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Especialista aponta recuperação do investimento em startups no Brasil

O empresário brasiliense Daniel Cardoso, da Cogmo Technology e de mais outras 10 empresas de tecnologia, aposta ainda em intercâmbio de conhecimentos com os EUA

O Brasil tem sido tratado mundialmente como um novo celeiro de startups. Contudo, no primeiro semestre de 2022, as empresas da chamada “nova economia” recuaram 44% no semestre, totalizando US$ 2,9 bilhões (R$ 15,4 bilhões) e 327 transações, na comparação com os US$ 5,2 bilhões (R$ 27,7 bilhões) e 416 negociações em 2021. Para especialistas, no entanto, os dados da Inside Venture Capital Report, relatório produzido pelo Distrito Dataminer, tendem a ser revertidos no longo prazo.

O empresário Brasiliense Daniel Cardoso, conhecido pelo desenvolvimento de diversas empresas na área de tecnologia, como é o caso da Cogmo Technology, com sede em Brasília, e de mais de 10 outras startups inovadoras, entende que o Brasil tem o ambiente propício para os empreendimentos.

“O nosso país tem um imenso potencial se considerarmos a capacidade de inovação, criatividade e aptidão das jovens cabeças que estão ingressando no mercado. Além disso, a necessidade provocada pela atual crise que o país atravessa tende a levar pessoas que têm ideias inovadoras a tentar empreender,” explica.

Para ele, os resultados do primeiro semestre deste ano estão diretamente relacionados ao cenário macroeconômico, mas que a própria natureza dos investimentos promove o crescimento futuro.

“Os investimentos de natureza venture capital já tem em seu cerne a expectativa de retornos em longo prazo. Passado o período eleitoral no Brasil e com a normalização do ambiente econômico, a expectativa é de retorno do crescimento”, aponta.

Cardoso atua nacionalmente como mentor de startups, tendo mantido uma aceleradora de empresas do gênero e fundado empreendimentos com foco nos segmentos de inteligência artificial, automação e análise de dados. Agora, o empresário prepara um primeiro investimento de R$ 2 milhões em startups nos EUA.

A expectativa do empresário é que nos próximos meses as novas startups comecem a apresentar seus projetos em território norte-americano. As iniciativas vão contemplar inovações que possam melhorar a qualidade de vida da população.

Para Cardoso, é uma possibilidade de se criar um “intercâmbio” de experiências e tecnologias entre os EUA e o Brasil. “Eu acredito que a expertise do mercado norte-americano de tecnologia ainda é muito superior à do Brasil, não só pelos valores investidos, mas pelo reconhecimento de determinados modelos de processos que já foram validados para empresas de lá. Mas, não podemos esquecer que o Brasil também é reconhecido como um celeiro de startups no ambiente da nova economia”, explica.

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