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Por dentro das caixas de papelão: como é se manter num mercado altamente competitivo

Cícero Mário*

 

Praticamente tudo no nosso dia a dia envolve algo relacionado ao consumo. Vamos imaginar desde a hora que acordamos até a hora que vamos dormir. Da higiene bucal às refeições, da roupa do escritório ao pijama, do jornal passando na TV ao café esquentando no fogão, até os brinquedos espalhados pela sala.

 

Nesse contexto, foram abordados itens alimentícios, de vestuário, eletrônicos, entre outros. Entre itens essenciais e de lazer, todos eles pertencem à rotina diária das pessoas. No entanto, para esses produtos chegarem em perfeitas condições aos lares, tais itens devem ser bem acomodados, a fim de não danificá-los no trajeto. Tudo que vem e tudo que vai tem papelão envolvido.

 

Em 1817, na Inglaterra, foi produzida a primeira caixa de papelão. No mesmo ano, na Alemanha, foi criada a caixa de papelão para embalagem. Naquela época, os materiais eram somente lisos e sem ondulações. Posteriormente, em 1871, o papelão ondulado – ideal para produzir materiais de embalagem – surgiu em Nova York.

 

Voltando ao Brasil, atualmente, para atender a tudo que precisa ser embalado, em termos de volume, a expedição de caixas, acessórios e chapas de papelão ondulado alcançou de 367.160 toneladas em agosto deste ano, segundo dados da Empapel – Associação Brasileira das Embalagens de Papel. Dessa forma, foi registrado o maior volume expedido para os meses de agosto.

 

Ressalta-se, porém, nesse segmento, que as cartonagens devem ter parcerias fortes com fabricantes no fornecimento de matéria-prima, pois estes são elementos-chave para o cumprimento dos prazos acordados. A data de entrega é um dos principais fatores que conferem a qualidade de uma empresa.


O papelão ondulado é composto por elementos ondulados (miolo) fixado a elementos plano (capas), por meio de cola no topo das ondas. Baseado nesta composição, os tipos de chapas de papelão mais comuns são:

 

Onda E: Estrutura formada por um elemento ondulado (miolo) colado em ambos os lados, a elementos planos (capas), sendo 1,80 mm de espessura.

 

Onda B: Estrutura formada por um elemento ondulado (miolo) colado em ambos os lados, a elementos planos (capas), sendo 2,80 mm de espessura.

 

Onda C: Estrutura formada por um elemento ondulado (miolo) colado em ambos os lados, a elementos planos (capas), sendo 3,80 mm de espessura.

 

Onda BB: Estrutura formada por três elementos planos (capas) coladas a dois elementos ondulados (miolo) intercalados, sendo 5,5 mm de espessura.

 

Onda BC: Estrutura formada por três elementos planos (capas) coladas a dois elementos ondulados (miolo) intercalados, sendo 6,5 mm de espessura.

 

A chapa de papelão é a matéria-prima para a fabricação das caixas e, a partir dessa chapa, são realizados processos de conversão (cartonagem) que permitem a confecção e personalização das caixas de acordo com a necessidade de cada cliente, resultando no produto final.

 

Dada as circunstâncias dos processos, destaca-se a empresa que cumpre rigorosamente a data de entrega, usando sua expertise em toda a cadeia de processos. O cumprimento da data, previamente combinada com o cliente, vem da otimização de cada etapa – o que considera, principalmente, cenários externos, como eventual falta de matéria-prima por parte de terceiros.

 

Contudo, para se chegar nesse nível de excelência, a indústria deve estar emergida no seu propósito principal: o cliente. Num mercado como este, altamente competitivo, a rapidez na amostra, no prazo de entrega, na cotação e na agilidade no orçamento são quesitos indispensáveis que conferem a qualidade de uma empresa, e que ditam as que ficam no meio do caminho e as que seguem prosperando.

 

*Cícero Mário é diretor comercial da Delta Indústria de Caixas de Papelão. deltacaixaspapelao.com.br

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