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Dificuldade de planejamento financeiro traz brasileiros para o consórcio

*Por Fernando Lamounier, diretor de novos negócios da Multimarcas Consórcios

A pressa custa caro. Sem um planejamento financeiro hoje, não se tem condições de preparar as suas conquistas. A única alternativa será, inevitavelmente, um financiamento com juros abusivos que vai, certamente, prejudicar todo o seu futuro em uma dívida de longo prazo.

O planejamento financeiro, quando feito no ambiente familiar, é a forma mais racional de fazer contas juntos, comprometer todos os membros da família com o mesmo objetivo e poder prevenir apertos financeiros.

O consórcio traz a disciplina financeira que, embora seja tão importante, ainda é menosprezada pelos assessores financeiros. Aparentemente, para alguns especialistas, guardar dinheiro é tarefa fácil. Mas para o brasileiro esse é sim um desafio.

Ao mesmo tempo que nos falta a cultura de poupar, nos falta também o dinheiro. O pouco que o brasileiro ganha dificilmente alcança um investimento grande. O consórcio, portanto, entra como uma poupança forçada que, com o tempo, se transforma em um patrimônio que não seria acumulado de outra forma.

Com um custo de administração pequeno e sem nenhuma taxa de juros, o consórcio é a forma mais econômica de construir patrimônio e proteger o seu dinheiro dos impulsos consumistas. Certamente, é muito mais gostoso levar a família para jantar numa noite de domingo do que pagar a parcela do consórcio, mas qual deles realmente representa uma mudança de vida para o futuro?

Grande parte das pessoas ainda enxerga o consórcio como um substituto do financiamento, porém são produtos diferentes que não deveriam ser colocados na mesma prateleira. Enquanto o segundo foca no bem imediato e deixa uma dívida gigante, o primeiro é uma forma de acumular patrimônio de forma barata e descomplicada.

Muitas vezes, o consórcio é a única saída real para uma pessoa adquirir seu bem. O financiamento, além de caro, exclui milhões de brasileiros do mercado consumidor. Investimentos financeiros ainda são inalcançáveis para a maior parte da população brasileira. E por isso o Consórcio é o único produto que reúne a simplicidade e o baixo preço como atrativos para as grandes massas.

Há uma tendência muito clara nos consórcio de serviços que é a modalidade mais jovem disponível atualmente. Contudo, a base ainda é pequena e por isso o valor total pode ser ainda menos relevante. Dos mais tradicionais é interessante ver uma diminuição na participação de motocicletas para um aumento em imóveis e automotores pesados.

Ou seja, diminui-se um produto que tem uma carta de crédito tipicamente menor (<50K) e aumenta-se dois produtos que tem uma carta de crédito maior (>200k). Assim, o consórcio demonstra sua flexibilidade para atender diversos públicos interessados, em diferentes produtos.

O Consórcio existe desde a década de 1960 e já passou por vários tipos de governos, ditaduras e democracias, pandemias e guerras, e anos de bonança e de restrições econômicas, mas nunca deixou de crescer. Atualmente, são mais de 9 milhões de consorciados ativos em todo o país que confiam na resiliência deste produto.

O Banco Central, que atua como o grande xerife desse mercado, somado às Administradoras que melhoram a gestão e governança, mantêm o setor cada vez mais estável e confiável para o público, se tornando a melhor fonte de acúmulo de patrimônio que o brasileiro real pode ter.

*Fernando Lamounier é diretor da Multimarcas Consórcios, empresa que em quatro décadas de atuação no sistema consorcial se tornou uma das maiores administradoras do país.

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