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OSESP, CORO DA OSESP E SOLISTAS FAZEM CONCERTOS NA SALA SÃO PAULO COM MAESTRO NEIL THOMSON

Programa inclui obras de Bach, Almeida Prado, Vaughan Williams e Villa-Lobos; no sábado (12/nov), pianistas Pablo Ziegler e Masae Shiwa estrelam última edição da FIP Jazz neste ano; performances de sexta (11/nov, Osesp) e sábado (12/nov, FIP Jazz) terão transmissão ao vivo no YouTube da Osesp.


Nesta semana, entre os dias 10 e 12/nov, a Osesp segue apresentando concertos na Sala São Paulo sob o comando do regente inglês Neil Thomson, e recebe também o Coro da Osesp e cinco solistas convidados (entre eles, a violinista Priscila Rato e o pianista Lucas Thomazinho). O programa começa com Jesu, Meine Freude, de Johann Sebastian Bach, seguida da obra Pequenos Funerais Cantantes, de Almeida Prado; a segunda parte do programa traz a adorada The Lark Ascending, do britânico Ralph Vaughan Williams, e o exuberante Choros nº 8, de Heitor Villa-Lobos. A apresentação de sexta-feira (11/nov), às 20h30, contará com transmissão ao vivo no canal oficial da Osesp no YouTube.

No sábado (12/nov), às 20h30, acontece também a última edição de 2022 da Festa Internacional do Piano – FIP Jazz. O pianista argentino Pablo Ziegler, que no passado integrou o quinteto do mestre do tango Astor Piazzolla, se apresenta ao lado de outra pianista, a japonesa Masae Shiwa, no palco de nossa sala de concertos (a apresentação também terá transmissão digital ao vivo no YouTube da Osesp).

Existem peças que estão tão fortemente enraizadas na cultura ocidental que parecem ter existido desde sempre. Jesu, Meine Freude é uma delas. E sendo uma das obras mais familiares e aclamadas de Bach, ela é, paradoxalmente, uma daquelas que costumam ser conhecidas apenas superficialmente. Todos sabem seu início, mas poucas pessoas realmente ouviram a peça até o fim. A maior parte das que apreciam a música do Barroco poderia cantar o seu tema principal, mas poucas têm noção de como esse tema é trabalhado no decorrer da composição. Considerado uma das obras vocais máximas de Bach, é seu moteto mais longo, o mais elaborado e um dos poucos com cinco vozes. A data e a ocasião de sua composição são incertas e ainda geram debates no meio musicológico. Sua estrutura é simétrica, alternando textos bíblicos e hinos luteranos ao longo de 11 seções, com texturas e tratamentos vocais variados.

Pequenos Funerais Cantantes, do paulista José Antônio Rezende de Almeida Prado (1943-2013), foi escrita para coro, solistas e orquestra, sobre o poema homônimo de Hilda Hilst. Embora Almeida Prado utilize uma ampla gama de instrumentos na formação orquestral, ele o faz a fim de criar timbres diversos — em momento algum ocorre um tutti. Versátil também é o emprego do coro para além da tradicional escrita coral, com elementos como o canto monódico, o estilo declamatório e sílabas entrecortadas por pausas e texto falado. A obra estrutura-se em três partes: “Corpo de Fogo”, “Corpo de Terra” e “Corpo de I”.

Baseada em um poema de George Meredith, que o britânico Ralph Vaughan Williams usou como epígrafe, The Lark Ascending (1920) é uma peça programática em um único movimento, que não tenta ilustrar o poema, contar uma história linear ou reproduzir sentimentos. Antes, procura estabelecer uma identificação com a natureza, retratando não apenas o voo da cotovia, mas também o chilrear do pássaro, o movimento do ar que se desloca, o ambiente circundante, o céu que recebe o farfalhar das asas. Nessa conexão com o mundo natural, Vaughan Williams reflete uma tendência já presente na música do passado, que ele admirava e da qual se considerava a continuação lógica. Ao voltar da guerra, na qual se alistara, o compositor solidificou seu estilo próprio, que almejava uma identidade nacional através de sólidos laços com a música do Barroco e com as melodias tradicionais inglesas.

O Choros nº 8, concebido em Paris em 1925, terminado no Rio de Janeiro e estreado em Paris, em 1927, nos Concerts Colonne, com regência do próprio Heitor Villa-Lobos, é a quintessência das novidades que atravessam o compositor de maneira inventiva e plenamente dominada. Composto para orquestra e dois pianos, o Choros nº 8 foi chamado por seu autor de “Choros da Dança”, empregando grande número de instrumentos brasileiros de percussão, entre eles o caracaxá. Além disso, um dos pianos é tratado, essencialmente, como força rítmica.

Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp
Criada em 1954, é uma das mais importantes orquestras da América Latina; desde 1999, tem a Sala São Paulo como sede. O suíço Thierry Fischer é seu Diretor Musical e Regente Titular desde 2020, tendo sido precedido, de 2012 a 2019, pela norte-americana Marin Alsop, que agora é Regente de Honra. Em 2016, a Osesp esteve nos principais festivais da Europa e, em 2019, realizou turnê pela China. No mesmo ano, estreou projeto em parceria com o Carnegie Hall, com a Nona Sinfonia de Beethoven cantada ineditamente em português. Em 2018, a gravação das Sinfonias de Villa-Lobos, regidas por Isaac Karabtchevsky, recebeu o Prêmio da Música Brasileira. Em 2022 realizou quatro concertos nos Estados Unidos, sendo os dois últimos no lendário Carnegie Hall, em Nova York.

Coro da Osesp
Criado em 1994 e reconhecido hoje como referência em música vocal no Brasil, o grupo aborda diferentes períodos e estilos, com ênfase nos séculos XX e XXI e nas criações de compositores brasileiros. Gravou álbuns pelo Selo Osesp Digital, Biscoito Fino e Naxos. Entre 1995 e 2015, teve Naomi Munakata como Coordenadora e Regente. De 2017 a 2019, a italiana Valentina Peleggi assumiu a regência do Coro, tendo William Coelho como Maestro Preparador – posição que ele mantém desde então. Em 2020, o Coro se apresentou no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, sob regência de Marin Alsop, Regente de Honra da Osesp, repetindo o feito em 2021, em filme musical (virtual) com participação de Yo-Yo Ma e vários outros artistas de sete países. Em 2022 realizou dois concertos com a Osesp nos Estados Unidos, o último deles no emblemático Carnegie Hall, em Nova York.

Neil Thomson
Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Goiás desde 2014, o maestro inglês foi Regente Titular do Royal College of Music de 1992 a 2006, do qual é membro honorário. Já gravou com a Orquestra Sinfônica de Londres e regeu concertos com as Filarmônicas de Londres, de Tóquio, Nacional Russa, Sinfônicas da BBC e Yomiuri Nippon, além da Osesp. Lecionou no Mozarteum em Salzburgo, na Academia de Música de Cracóvia e em diversos festivais, incluindo o Festival de Verão e Inverno de Campos do Jordão.

Pablo Ziegler
O pianista, compositor e arranjador Pablo Ziegler é uma das mais importantes figuras do Nuevo Tango argentino. Integrou o quinteto de Astor Piazzolla — Ziegler pode ser ouvido em gravações como La Camorra e Central Park Concert —, e tem liderado seus próprios grupos por mais de 25 anos, reimaginando os limites do tango moderno. Apresentou-se nos principais palcos do mundo, como Carnegie Hall, Royal Albert Hall e Sydney Opera House, e nos festivais de Ravenna, Verbier e muitos outros. Seu álbum mais recente, chamado JazzTango Trio, recebeu em 2018 o Grammy de Melhor Álbum de Jazz Latino.

Os concertos sinfônicos da Temporada Osesp 2022 na Sala São Paulo têm o patrocínio da Meta, do Itaú, da Klabin, da igc, da Usiminas, da Almaviva, da Deloitte, da Crown Embalagens, da Kapitalo, do Mattos Filho, da Salesforce, do Credit Suisse, da NTT Data, do UBS Investment Bank por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Realização: Fundação Osesp, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.

PROGRAMAS

TEMPORADA OSESP: NEIL THOMSON E SOLISTAS

ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
CORO DA OSESP 
NEIL THOMSON
regente 
PRISCILA RATO violino 
CLARISSA CABRAL mezzo soprano 
SABAH TEIXEIRA barítono 
LUCAS THOMAZINHO piano 
LUCAS GONÇALVES piano 
Johann Sebastian BACH | Jesu, Meine Freude, BWV 227
José Antonio ALMEIDA PRADO | Pequenos Funerais Cantantes 
Ralph VAUGHAN WILLIAMS | The Lark Ascending  
Heitor VILLA-LOBOS | Choros nº 8

FESTA INTERNACIONAL DO PIANO – FIP JAZZ: PABLO ZIEGLER E MASAE SHIWA 

PABLO ZIEGLER piano 
MASAE SHIWA
piano 
Astor PIAZZOLLA 
Oblivion 
Michelangelo 70 
Milonga del Angel 
Asfalto 
Introduccion al Angel [Estreia mundial do arranjo para dois pianos] 
La Muerte del Angel 
Pablo ZIEGLER 
Milongueta 
La Rayuela 
Astor PIAZZOLLA & Pablo ZIEGLER | Elegia Sobre Adiós Nonino 
Astor PIAZZOLLA | Fuga y Misterio 

SERVIÇO

[Temporada Osesp]
10 de novembro, quinta, às 20h30
11 de novembro, sexta, às 20h30 – Concerto Digital
12 de novembro, sábado, às 16h30
[FIP Jazz]
12 de novembro, sábado, às 20h30  – Concerto Digital
Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16, Campos Elíseos
Taxa de ocupação limite: 1.484 lugares
Recomendação etária: 07 anos
Ingressos: Entre R$ 50,00 e R$ 230,00 [Osesp], e R$ 100,00 [FIP Jazz] – preços inteiros
Bilheteria (INTI): Neste link
(11) 3777-9721, de segunda a sexta, das 12h às 18h.
Cartões de crédito: Visa, Mastercard, American Express e Diners.
Estacionamento: R$ 28,00 (noturno e sábado à tarde) e R$ 16,00 (sábado e domingo de manhã) | 600 vagas; 20 para portadores de necessidades especiais; 33 para idosos.

IMPORTANTE: Seguindo as orientações do Decreto Municipal nº 61.307, de 13 de maio de 2022, a Sala São Paulo deixa de exigir o comprovante de vacinação contra a Covid-19 para a entrada de seus públicos em concertos e demais atividades da casa. Segundo nota publicada pela Prefeitura, "a decisão leva em conta as mais de 31,2 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 aplicadas em todas as faixas etárias e grupos elegíveis, (...) além da diminuição das internações hospitalares" ocasionadas pelo vírus. Lembrando que o uso de máscaras é facultativo desde o dia 17 de março — a proteção segue obrigatória em transportes públicos coletivos como ônibus, trens e metrô, e nas unidades de saúde. A Fundação Osesp segue comprometida com a higienização constante dos espaços, zelando pelo bem-estar de seus diversos colaboradores e do público.

A Osesp e a Sala São Paulo são equipamentos do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, gerenciadas pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura.

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