Aplicativo alia inovação tecnológica e sustentabilidade e revoluciona o monitoramento ambiental
Tecnologia desenvolvida por cleantech dissemina
importância da preservação de recursos naturais e é ideal para educadores,
setor industrial e órgãos de fiscalização
A preservação ambiental sempre despertou
a atenção da química Elaine Freitas, mas ela se sentiu particularmente
sensibilizada com o tema quando desenvolveu o Trabalho de Conclusão de Curso
(TCC) durante a graduação, em 2015. Na época, Elaine compreendeu como as águas
de rios e nascentes da Amazônia eram contaminadas e como o problema se
agravaria no futuro. Foi então que surgiu a ideia de desenvolver um produto que
unisse educação ambiental e química: o aplicativo Marai, cujo lançamento
ocorrerá em um evento fechado no início de dezembro, no auditório da Ocean
Center, prédio localizado na Universidade do Estado do Amazonas (UEA/EST), em
Manaus. O produto é uma das soluções oferecidas pela Chemical Treinamento e
Inovação Tecnológica, fundada por Elaine em 2021.
O aplicativo, que está disponível para o
sistema Android, teve sua primeira versão lançada em 2017 e tinha foco
educacional. Neste ano, a Chemical recebeu o aporte de R$ 63 mil do programa
Centelha, promovido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas
(FAPEAM) e realizou melhorias no Marai. Assim, o aplicativo realiza o
diagnóstico de diversos ecossistemas aquáticos com agilidade e de maneira
gratuita em um único dia. A tecnologia possui conectividade com sensores IOT
(dispositivos usados para detectar características ambientais) e variáveis
ambientais e físico-químicas baseadas na legislação ambiental, executando uma
análise preliminar da qualidade da água em até 30 minutos. O resultado é
exibido rapidamente na tela do celular e o Marai emite laudos, que podem ser
solicitados mediante a assinatura de um dos pacotes de serviços.
Além da agilidade e da praticidade, o
app Marai possui uma dupla função. Normalmente, a análise da água é feita por
laboratórios, que possuem um prazo de aproximadamente 15 dias para a entrega
dos resultados, enquanto o estudo de impacto ambiental é responsabilidade de
consultorias ambientais, que podem levar de 20 a 30 dias para disponibilizar os
dados. Com a tecnologia, os resultados podem ser acessados digitalmente, com
segurança e redução de custos.
“O aplicativo faz esse pré-diagnóstico e
oferece o resultado na tela do celular. As pessoas chegam a um local para fazer
o diagnóstico, o sensor estará fixo e se comunicará com o celular por meio de
uma rede. Cada sensor terá um número de série e o aplicativo estará configurado
para isso. Não ocorrerá manipulação, a pessoa não precisará pegar ou anotar o
valor. Isso será feito com algoritmos, enviados para o aplicativo, juntamente
com outros parâmetros que não são apenas voltados à qualidade da água, mas à
vegetação e que também influenciam no meio ambiente, na preservação e na
qualidade dessa água. É um conjunto desses dois parâmetros, tanto ambientais,
como físico-químicos”, esclarece Elaine.
No dia do lançamento do aplicativo, a
Chemical doará um sensor para a escola pública E.E. Tempo Integral Profa.
Lecita Fonseca Ramos.
Educação Ambiental
O lançamento do app Marai ocorre após
anos de aplicação da tecnologia na sociedade manauara com professores, alunos e
profissionais ambientais, entre outros públicos. Norteada pela preocupação com
a sustentabilidade, a Chemical desenvolve projetos ambientais e tecnológicos
que visam à preservação de recursos naturais. Neste ano, a Chemical conquistou
o Prêmio Legado de Empreendedorismo Social e recebeu R$10 mil após participar
da aceleração promovida pelo Instituto Legado, que impulsiona iniciativas
socioambientais de todo Brasil. A cleantech também foi acelerada pela
Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e ganhou o prêmio Mulheres Inovadoras e um
investimento de R$ 120 mil. Outro destaque foi a participação da cleantech na
aceleração do Inova Amazônia do Sebrae, direcionado a negócios inovadores no
setor de bioeconomia, durante seis meses. Durante o período, ocorreram
capacitações, mentorias e a Chemical recebeu uma bolsa de estímulo à inovação.
A aceleração também proporcionou um espaço de trabalho e pesquisa e o aumento
do networking entre os atores do ecossistema de inovação em bioeconomia.
Atualmente, a cleantech também participa de uma pré-incubação no Ocean Launch,
onde ocorrerá o lançamento do Marai.
O aplicativo pode ser utilizado por
professores, consultores ambientais e por setores industriais. A versão
gratuita do Marai é um suporte para professores promoverem a educação ambiental
por meio de atividades em campo com os alunos, demonstrando os malefícios
acarretados pela poluição e contaminação da água. Entre eles, há uma série de
problemas de saúde, como diarreia, envenenamento, danos ao sistema nervoso,
fígado, rins, além da extinção de espécies locais.
Setor industrial
O descarte inadequado de resíduos
industriais representa uma grave ameaça à preservação ambiental e afeta o solo,
a água, o ar e até a saúde humana. As indústrias metalúrgica, de plástico,
cloro e tinta são algumas fontes responsáveis pela contaminação por metais
pesados, como chumbo e mercúrio, que desencadeiam danos irreversíveis sobre as
pessoas e o meio ambiente. Além da demora de pelo menos 15 dias no resultado,
as indústrias não têm acesso ao monitoramento contínuo, à digitalização dos
dados, falta segurança na autenticidade dos dados e há uma necessidade de
contratar de maneira recorrente uma equipe técnica para realizar novos diagnósticos,
o que gera custos adicionais.
Com o Marai, grande parte desses
problemas são solucionados. “Isso vai impactar na redução de custos da empresa,
na praticidade e na segurança. Hoje, as empresas são cobradas para ter uma
política ESG e o aplicativo pode contribuir para dizer que as empresas estão
dentro dos padrões ambientais e de acordo com os Objetivos de Desenvolvimento
Sustentáveis (ODS). A tecnologia ajudará as empresas a se enquadrarem no ODS 6,
que é sobre saneamento. O monitoramento e o diagnóstico valorizarão o meio
ambiente e terá uma preocupação empresarial com essa preservação”, conclui
Elaine.
Sobre a Chemical
A Chemical é uma cleantech, criada no Amazonas, em 2021, para revolucionar o monitoramento ambiental, garantindo responsabilidade técnica e sustentabilidade aos seus clientes. Norteada pela preocupação com a sustentabilidade, a cleantech desenvolve projetos ambientais com inovação tecnológica para a preservação de recursos naturais. Todos os serviços oferecidos têm como objetivo principal a segurança na qualidade e o cumprimento das normas ambientais, integrados com inovação e tecnologia. Saiba mais em: https://www.chemicalinovacao.com.br/
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