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O impacto do Cobre para o desenvolvimento do mercado de refrigeração

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Por Ricardo de Luca

O mundo como conhecemos hoje não existiria se não fosse pelo Cobre. Por ser um excelente condutor de energia, dos fios elétricos, passando pelos telefones, motores e baterias, até chegar aos computadores, a versatilidade e a resistência do metal permearam o desenvolvimento da tecnologia moderna e a construção da sociedade globalizada.

No setor de refrigeração, que reúne ar-condicionado, aquecimento e ventilação, não é diferente. Impulsionado pela busca por sistemas mais eficientes e sustentáveis, o Cobre desempenha um papel fundamental no desenvolvimento desse mercado, que é estratégico para a economia brasileira. 

De acordo com dados da Abrava (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento), a projeção é que haja um crescimento de 7% nas receitas do setor neste ano, passando de R$ 34,2 bilhões em 2022 para R$ 36,6 bilhões. Com isso, a expectativa é que o faturamento de 2023 seja o maior dos últimos 15 anos.

Graças à sua ampla versatilidade e excelentes propriedades térmicas e mecânicas, o Cobre é ideal para utilização em sistemas de refrigeração, sendo um dos materiais mais empregados no setor. Suas aplicações incluem tubos e conexões, que apoiam a eficiência de aparelhos como o ar-condicionado, além de geladeiras e refrigeradores comerciais, e entregam maior vida útil a esses produtos.

Eficiência

Em sistemas de refrigeração, entende-se como eficiência a condutividade térmica. E uma das principais características do Cobre, por qual é amplamente reconhecido, é justamente a sua capacidade de transferir calor de forma eficiente, o que o torna ideal para os sistemas de refrigeração. Essa eficiência não apenas garante que a temperatura seja mantida com precisão, mas também resulta em economia de energia, um fator crucial em um mundo que busca, cada vez mais, otimizar a eficiência energética.

De modo geral, o Cobre, bem como suas ligas, é aplicado principalmente em situações em que há fluido em alta temperatura na troca de calor, sendo, neste caso, uma opção recomendável pela grande resistência do material em temperaturas mais elevadas. Essa característica garante a longevidade dos componentes de refrigeração, reduzindo as manutenções e os custos operacionais.

Além disso, o metal entrega segurança e qualidade de maneira assertiva. Sua capacidade de resistência à corrosão contribui para a redução de vazamentos, minimizando perdas e garantindo um funcionamento mais seguro, enquanto também protege o meio ambiente.

Sustentabilidade

Segundo dados do Portal da Indústria, o consumo de energia por indústrias no Brasil corresponde a quase 40% do que é produzido no país. Tendo em vista este cenário, o Cobre pode ser um grande aliado na melhoria da eficiência energética do setor de refrigeração, uma vez que, ao minimizar perdas de calor indesejadas, o metal otimiza o desempenho dos sistemas, contribuindo para a sustentabilidade.

Em um contexto global de crescente preocupação e conscientização com o meio ambiente, o material também se destaca como uma escolha sustentável frente a sua capacidade reciclável. O metal tem o histórico de reciclagem mais extenso que qualquer outro material conhecido pela civilização.

Estima-se que 80% de todo o Cobre extraído durante os últimos 10 mil anos ainda estejam sendo utilizados, segundo informações da Associação Brasileira do Cobre (ABCobre). Essa característica também contribui para a redução do impacto ambiental dos sistemas de refrigeração, alinhando-se com os objetivos de sustentabilidade cada vez mais relevantes na indústria.

Assim, acompanhando os avanços do mercado, o Cobre continuará a desempenhar um papel central no desenvolvimento de sistemas de refrigeração mais avançados e sustentáveis.

Ricardo de Luca é Gerente de Engenharia de Processos e Produtos da Termomecanica, empresa líder na transformação de Cobre e suas ligas.

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