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Beaba cria cartilha para crianças que ajuda a desmistificar o câncer

A entidade criou uma campanha de crowfunding para arrecadar valor para o projeto, que explica a doença de forma leve e h


Receber o diagnóstico de câncer não é fácil para um adulto, muito menos para uma criança. O ambiente oncológico é um mundo paralelo, composto por jalecos, máscaras e muitas descobertas. A falta de conhecimento, muitas vezes, faz parte da vida dos pacientes, principalmente dos pequenos. Há situações como a de um menino de 5 anos com a doença que ficou bravo porque queria um cateter igual ao de seu amiguinho. Ele se acalmou quando Simone Mozzilli, presidente e fundadora do Beaba, explicou para ele que eram casos diferentes.

Pensando em momentos delicados como esses, tanto para os pacientes infantis assim como seus familiares, o Beaba, entrou em ação. A entidade, com um ano de existência e sem fins lucrativos, tem o objetivo de desmistificar o câncer, e trazer informação de maneira acessível e otimista sobre o tratamento e a doença para crianças e adolescentes.

A entidade criou o Beaba do Câncer, uma cartilha para ajudar crianças e seus familiares a entenderem todo este novo universo do ambiente oncológico. São mais de 100 palavras relacionadas ao tema e explicadas de uma maneira clara, objetiva e de forma otimista. E ainda traz esquemas ilustrativos, como o caminho do tratamento, que mostra de modo claro como acontece a doença e suas fases, desde os sintomas, até o final do tratamento.

À frente dessa iniciativa, está uma pessoa que já passou pela experiência do diagnóstico do câncer. Simone Mozzilli, fundadora do Beaba, foi diagnosticada com câncer, descoberto após operação para uma aparente retirada de um cisto no ovário. Após 10 horas de cirurgia, ela acordou na UTI, e os médicos avisaram que não era cisto, e sim câncer, em estágio avançado. Sua chance de sobrevivência não passava dos 20% e ela se desesperou.

Na época, ela já realizava trabalhos voluntários em crianças com câncer. E Mozzilli não encontrou materiais leves e otimistas sobre a doença e o tratamento, e percebeu que os menores muitas vezes atravessavam essa fase sem saber ao certo o que estava passando com eles. “As crianças tinham queixas sobre aspectos que envolviam o tratamento, e isso precisava ser discutido de forma mais clara”, afirma a fundadora do Beaba. Foi assim que ela resolveu juntar pacientes, médicos e amigos publicitários para criar o Beaba, que promove oficinas educativas no Hospital A.C. Camargo, na Liberdade, em São Paulo, e agora está desenvolvendo o projeto Beaba do Câncer.

Durante um ano, pacientes, médicos, profissionais da saúde, redatores, diretores de arte e a ilustradora Elisa Sassi, trabalharam no material. “A tecnologia da informação deve além de desmistificar o câncer, facilitar a compreensão e aumentar o engajamento do paciente no tratamento”, explica Simone Mozzilli.

O objetivo é criar 500 cartilhas e distribuir para as crianças diagnosticadas com câncer, em hospitais parceiros, e para os menores que já fazem parte do trabalho do instituto. Além disso, um grupo de pacientes será estudado para mensurar a importância do material durante o tratamento.

O Beaba criou uma campanha de crowdfunding para arrecadar o valor necessário para todo projeto. Confira no link http://bea.ba/kickante

Observação: A fundadora do Beaba, Simone Mozzilli, está disponível para entrevistas via email, Skype e telefone para veículos de fora da cidade de SP.

Para SP (capital), Simone tem disponibilidade também pessoalmente.

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