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AD participa de reunião plenária promovida pelo Fiesp

Evento discutiu o potencial das Parcerias Público-Privadas (PPPs) para atrair recursos e viabilizar projetos em época de crise

Reunião plenária do Deconcic de 14 de março, que discutiu parcerias público-privadas. Foto: Helcio Nagamine/Fiesp
As parcerias público-privadas (PPPs) foram o destaque da reunião plenária do Departamento da Indústria da Construção da Fiesp (Deconcic), realizada na sede da entidade, no último dia 14/03.

Convidado do Deconcic, André Dabus, Diretor-Executivo da AD Corretora de Seguros, defendeu investimentos no modelo das PPPs. “Atualmente, os governos (federal, estadual e municipal) encontram muitas dificuldades orçamentárias e de execução na área de infraestrutura, que acabam impedindo a otimização dos recursos públicos. Nesse sentido, as PPPs surgem como uma saída para oferecer à população os serviços que necessitam com qualidade e muito mais agilidade”, disse.

Segundo ele, investir em PPPs permite melhor planejamento dos investimentos públicos, mudança do papel do Estado de “empreendedor” para “regulador”, compartilhamento de riscos entre parceiro público e privado, eficiência na gestão e operação da infraestrutura concedida, ganho de qualidade na entrega dos serviços à população, otimização dos recursos financeiros, técnicos e operacionais.

Bruno Pereira, sócio da consultoria Radar PPP, também participou do evento e disse que a grande vantagem das parcerias é simplificar os mecanismos de execução dos projetos para o poder público. “Em vez de ter de controlar vários fornecedores nas mais diferentes etapas do projeto e da obra, o governo passa a ter apenas um fornecedor, que fica responsável por todo o processo”, diz Pereira, destacando as vantagens de captar capital privado em época de aperto fiscal: “Em cenário de bonança as parcerias já são boas. Mas em cenário de crise, são praticamente a única alternativa para o governo conseguir viabilizar projetos”, afirmou.

Ele disse que as PPPs demandam conhecimento de operação e é fundamental que a cadeia produtiva da indústria da construção se conecte com empresas que fazem a manutenção dos ativos e prestam os serviços associados. “Não há PPP de sucesso sem que seja considerada a satisfação, no longo prazo, do usuário dos serviços. O Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) é um instrumento de destaque dentro de uma PPP. Há que se desenvolver muito bem o que é a proposta de valor do projeto (benefícios sociais, receitas acessórias, externalidades positivas, etc.), do contrário o projeto será arquivado”, concluiu.

Manoel Carlos de Lima Rossitto, diretor titular adjunto do Deconcic, afirmou que PPPs são a saída imediata para novos investimentos. “Dinheiro público não tem mais. É o momento de partir em busca de investidores privados.” Cristiano Goldstein, também diretor adjunto do departamento, sugeriu que a Frente Parlamentar da Indústria da Construção discuta o tema junto ao governo para fomentar o setor.

Oportunidades no desporto

Durante a reunião, Mario Frugiuele, diretor secretário da Fiesp e coordenador do Comitê da Cadeia Produtiva do Desporto (Code), apresentou a estrutura e foco de atuação do comitê. “Vimos a necessidade de montar este comitê devido aos eventos esportivos que o Brasil seria palco, como Copa e Olimpíadas. Agimos dentro dessa área da indústria desportiva, que é transversal, pegando as áreas têxtil, de borracha, plástico, equipamentos, construção, saúde e entre outros”, disse.

Segundo ele, o Code tem como objetivo unir e fortalecer os participantes desta cadeia, envolvidos direta e indiretamente com o setor, promovendo ações que fomentem o desenvolvimento industrial. Trabalha em conjunto com o Condesporto (Conselho Superior do Desporto), e com os diversos departamentos da entidade como Deinfra, Derex, Dempi, Deseg.

“Planejamos e executamos ações no intuito de fomentar e criar condições reais para o desenvolvimento sustentável do esporte no Brasil, com o consequente incremento de toda a cadeia produtiva da indústria do desporto. Trabalhamos com o foco em estudos e pesquisas, na colaboração entre as entidades relacionadas ao setor, tanto na esfera pública como privada, fazemos intercâmbio para a inovação tecnológica e atuamos junto aos governos nas três esferas”, disse o coordenador. O Code conta ainda com quatro grupos de trabalho: tributos e incentivos fiscais, mercado de produtos e serviços do esporte, normalização e selo de qualidade e transferência de tecnologia e inovações.

Carlos Eduardo Auricchio, diretor titular do Deconcic, enxerga o papel importante que este setor tem para a indústria da construção. “Temos que olhar para os nossos atletas e para as oportunidades que o desporto pode criar para nós. O que move o nosso setor é obra rodando”, disse.

A reunião teve também as presenças dos diretores titulares adjuntos Newton Cavalieri, Luiz Eulálio e Carlos Roberto Petrini, além do presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU), Marcos Penido.

Fonte: Anne Fadul, Agência Indusnet Fiesp

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