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Auditoria Interna, tendências e oportunidades em momentos de crise - Por Alessandro Gratão Marques*

Importância das atividades de auditoria interna no cenário nacional atual para garantir a perenidade do negócio e, em alguns casos, até mesmo a sua sobrevivência.

Para a grande maioria das empresas, o momento atual é de focar suas ações para garantir a perenidade do negócio e, em alguns casos, até mesmo a sua sobrevivência. A crise certamente deve passar, contudo até lá, é necessário se preparar para o caminho tortuoso a frente.

Tal cenário tem impacto direto sobre os tomadores de decisão, que se veem obrigados a agir rápido, e em muitos casos, a tomar medidas bastante dolorosas. Crescer é muito bom, e por vezes, as eventuais perdas e ineficiências que vem junto com o crescimento são toleradas como parte do jogo pelos administradores. Contudo, em períodos de crise, para garantir a continuidade do negócio, esses desvios são intoleráveis e devem ser tratados como prioridade pela alta administração das empresas.

Desse modo, quando analisamos a cadeia de valor das empresas, as atividades de suporte ao negócio e/ou não operacionais se mostram fragilizadas, sofrendo enorme pressão para obter ganhos de produtividade e consequentemente reduzir custos, conhecido como “fazer mais com menos”.

Em especial, as áreas de Auditoria Interna, Controles Internos e atividades de Gestão de Riscos, passam ao longo do tempo por movimentações de orientação e tendências, as quais descrevemos a seguir:

Num cenário de recessão, quando as medidas de contingência não são suficientes, a redução de quadro de funcionários acaba sendo inevitável, mesmo que por vezes represente riscos e exponha o negócio a vulnerabilidades que, a curto e médio prazo, podem ser extremamente prejudiciais à empresa. O grande impulsionador desta movimentação é o fluxo de caixa, pois uma empresa pode sobreviver por anos com prejuízo, mas não sem capital de giro.

Desafios, oportunidades e tendências da auditoria interna no momento atual

Mais do que nunca, o valor agregado da Auditoria Interna, Controles Internos e Riscos deve ser comprovado, pois trata-se de atividades de suporte que estão sendo postas à prova. Deve-se ter bastante
cautela para não tomar decisões a partir de uma visão míope, focada apenas nos ganhos financeiros diretos, mas deve-se também considerar as atividades de gestão de riscos como um todo conforme demonstramos no quadro a seguir:

Uma fraude identificada à tempo ou mesmo evitada não é mensurada somente através de uma relação financeira de custo-benefício. Proteção a imagem e a reputação da empresa devem também ser considerados, ainda mais em um mercado deprimido e principalmente considerando uma estratégia de gestão de riscos de longo prazo.

A Auditoria Interna tem se demonstrado indispensável e cada vez mais atuante no cenário empresarial brasileiro como ferramenta gerencial para suporte à administração na terceira linha de defesa. É fundamental em razão dos benefícios que traz à administração do negócio, na prevenção a fraudes, identificação de riscos e implementação de controles, permitindo assim, otimizar a proteção dos ativos e das operações, trazendo resultados financeiros sólidos e sustentáveis.

Observa-se neste momento fortalecer-se um movimento de terceirização da função para garantir a continuidade mínima de suas atividades até que o mercado retorne às condições propícias no âmbito político e econômico.

Considerando os altos custos previdenciários e trabalhistas, num primeiro momento, a terceirização da Auditoria Interna se apresenta como uma estratégia interessante para as organizações, pois além de prover ganhos financeiros na redução de custos fixos, possibilita a alocação por demanda e especialidade, contribuindo também para a qualidade dos resultados.

É custoso às empresas manter internamente em seu headcount um leque mais amplo de especialistas (TI, riscos, impostos, investigação e outros) necessários a eficácia da prevenção a riscos e proteção dos negócios. O outsourcing de Auditoria Interna apresenta-se como uma solução sob medida neste momento no Brasil.

* Alessandro Gratão Marques é líder das práticas de Auditoria Interna e Financial Advisory da ICTS Protiviti, empresa de consultoria e serviços em gestão de riscos, compliance, governança corporativa, operações, tecnologia, finanças e auditoria interna.

A ICTS Protiviti tem ampliado sua atuação no mercado brasileiro e é resultante da associação da ICTS a operação da Protiviti no Brasil, tornando-se firma membro da rede Protiviti, e absorvendo toda base de conhecimento e relacionamento da antiga Arthur Andersen, formando hoje a empresa com maior portfólio de gestão integrada de riscos no Brasil.

Para saber mais www.icts.com.br

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