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Gosta de se enrolar no edredom? Nem todo mundo tem um

No Dia Nacional da Caridade, especialista explica a importância do ato, principalmente nesses meses frios 

Os meses de Junho e Julho logo remetem ao Dia dos Namorados, às tradicionais festas de São João e Julinas e o friozinho gostoso que levou embora os 40ºC dos meses anteriores. Mas, para pessoas sem os devidos cuidados, esse frio pode ser insuportável. Os estados estados do Sul do país, São Paulo e o sul de Minas Gerais, são as áreas brasileiras que mais sofrem com o frio, chegando a ser registradas temperaturas negativas. Esse ano, inclusive, mais de cinco moradores de rua morreram em São Paulo por causa do frio - a cidade registrou 3,5ºC na madrugada do dia 13 de Junho, recorde de baixa temperatura em 22 anos. Até mesmo o Rio de Janeiro, que costuma escapar das geadas e levar os cariocas a praia no outono, teve uma queda de temperatura para 6ºC.

Com a proximidade do inverno e de temperaturas ainda mais baixas, é de extrema importância que as pessoas desapeguem daquele casaco ou cobertor, que já não usem, mais e passem adiante para que sejam repassados à pessoas carentes.

O psicólogo e coach João Alexandre Borba diz que a caridade traz benefícios não só para o ajudado, mas também para quem ajuda. “É um movimento muito bondoso de quem está realizando a caridade, não somente de entender que está diante de alguém fragilizado, mas também de uma pessoa que tem um grande potencial a ser despertado. Só que naquele momento precisa ser levado como uma criança que não consegue caminhar sozinha.”, afirma.

De acordo com o especialista, é importante ressaltar que a pessoa que está recebendo a caridade está com o nível de troca dela quase nulo. “As pessoas precisam aprender a separar a caridade do movimento da generosidade. A caridade deve ser feita quando a pessoa não tem condição nenhuma de te repor com nada, quando alguém está mal, sofreu um acidente, perdeu os seus bens, quando uma pessoa está na miséria e precisa ser ajudada. Então, você executa a caridade, ou seja, se doa para ela. Se doar é um movimento de amor, trazendo força até que ela se levante.”, explica Borba.

João Alexandre diz que, aos poucos, a pessoa vai se reerguendo e se torna alguém que consegue oferecer algo de volta e ser generoso. “O indivíduo está saindo daquele nível de força quase zerada e já pode caminhar com as próprias pernas. Os adultos saudáveis trabalham entre si a questão da generosidade. Uma grande amizade é um movimento de troca muito profundo, onde eu ofereço meu melhor e o outro oferece o melhor dele para mim. Seriam duas pessoas grandiosamente generosas se encontrando. Na caridade, a pessoa não consegue esse movimento de oferecer algo, então ela precisa de alguém que o faça por ela.”, completa.

Segundo o psicólogo, é importante ressaltar que para ser caridade, precisa ser um ato completamente altruísta, pois muitas vezes, a pessoa pode estar tão fragilizada, que não consegue nem agradecer. Mas que o ato não passa despercebido, pois constrói dentro do indivíduo, algo muito maior do que apenas o recebimento daquele agasalho. Desperta a vontade de fazer por outras pessoas a mesma coisa, quando puder.

A Cruz Vermelha realiza anualmente coleta de agasalhos e cobertores, através de filiais Estaduais e Municipais. Shoppings, igrejas e grandes supermercados também aceitam doações para famílias vulneráveis e necessitadas.

Se informe na sua cidade sobre os pontos de coleta e doe também!

Serviço: João Alexandre Borba

Co-CEO do Instituto Internacional Japonês de Coaching e Psicólogo

joao.alexandre@live.com

https://www.facebook.com/joaoalexandre.c.borba

https://www.youtube.com/watch?v=oW8vIz6SIwU

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