Ser muito presente no trabalho pode indicar distúrbios emocionais
Psicanalista e coach fala sobre o Presenteísmo, que vem afetando muitos profissionais, geralmente infelizes com o emprego
Segundo Andreia Rego, psicanalista e coach de desenvolvimento humano, o presenteísmo está ligado àqueles que permanecem trabalhando mesmo doentes ou sem motivação, ou seja, estão fisicamente presentes, mas mentalmente ausentes. “Essa problemática está vinculada a questões psicoemocionais, tais como alto estresse, dificuldade nas relações interpessoais, depressão, medo da perda do emprego, do cargo, falta de autoconhecimento para refletir sobre si e encontrar saídas saudáveis na forma de lidar com desafios da vida, etc”, comenta a coach.
Segundo pesquisas apontadas pela ISMA-BR - International Stress Management Association, associação sem fins lucrativos - um fator preocupante no ano de 2012 sobre o desenvolvimento da prevenção e do tratamento do estresse no mundo, é que 68% dos brasileiros já sofriam de estresse por conta da correria do dia a dia e que o aumento desse problema aconteceria na casa dos 28% ao ano. Ainda, em outras pesquisas feitas pelos Estados Unidos, há demonstração de que as perdas de produtividade por depressão e dores sofridas por trabalhadores que não faltam ao trabalho superam as perdas de produtividade derivadas do absenteísmo.
“Na maioria das vezes, o indivíduo não percebe que já está afetado pelo presenteísmo e, estando doente, não consegue perceber o motivo de não conseguir ser produtivo, criativo e feliz no ambiente profissional, pessoal e social”, completa Andreia.
De acordo com a coach, para ficar alerta e presente nos ambientes em que vive, de forma qualitativa, um dos pontos primordiais é buscar se relacionar com o trabalho de maneira que este seja visto como uma fonte de realização e não como uma obrigação, um peso. Diante dessa premissa, estabelecendo um novo olhar, o reflexo será levado para outras áreas pessoais. E uma perspectiva diferente se inicia.
“Outro ponto essencial de transformação é trabalhar o autoconhecimento e buscar se entender internamente, pois só é possível ser feliz conhecendo a si mesmo, as motivações pessoais/profissionais, os desejos e preferências. Os indivíduos podem recorrer à Psicanálise/Psicologia, caso já estejam com sintomas relevantes, como desânimo, irritação, tristeza acentuada, falta de identidade, depressão, ou ao Coaching, caso sintam a necessidade de buscar soluções com foco em resultados concretos. Essas são algumas vertentes, mas cada um procura o que melhor compreender como boa saída para evitar permanecer no problema”, aconselha a especialista.
Andreia Rego Divulgação |
Serviço: Andreia Rego
Psicanalista e Coach de Desenvolvimento Humano
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Instagram: Andreia Rego
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