Instituto de Inovação em Longevidade e Produtividade, do Sesi no Paraná, apresenta soluções para transformações e oportunidades diante de novos cenários de trabalho
Com o aumento da expectativa de vida do brasileiro e eminente reforma previdenciária, é imprescindível repensar na relação com o trabalho no futuro
O Sesi no Paraná foi representado no LAB60+ pelo coordenador do Instituto Sesi de Inovação em Longevidade e Produtividade, Rodrigo Meister de Almeida, que tratou, em um dos debates, das transformações e oportunidades com os novos cenários de trabalho. “Em parceria com o Instituto Finlandês de Saúde Ocupacional, o Instituto do Sesi criou uma metodologia que auxilia as empresas a prepararem seus funcionários para as mudanças na carreira profissional, com ações que fortalecem a cidadania e o desenvolvimento profissional, humano e social”, explica.
O líder do Projeto Reinvenção do Trabalho 60+ e organizador do evento, Rafael Sanches Neto, destacou o trabalho do Sesi. “A apresentação no debate mostrou a grande contribuição que o Instituto de Longevidade e Produtividade do Sesi vem trazendo para demonstrar para a indústria e a sociedade que as pessoas não apenas estão vivendo mais, mas que continuam com potencial produtivo comprovado e interessadas em novas oportunidades de crescimento”, disse.
Sanches ressaltou ainda que as pesquisas do Instituto Inovação em Longevidade e Produtividade contribuem para diminuir o preconceito da sociedade em relação às pessoas idosas e para destacar o papel da indústria na manutenção e absorção dessas pessoas. “Esse deverá ser o movimento natural das organizações para fazer frente à revolução demográfica que estamos vivendo em todo mundo com o envelhecimento rápido e definitivo das populações”, apontou.
Desafios da longevidade
Conforme explica Almeida, o Brasil vive hoje uma agressiva mudança no perfil da população, alterando a pirâmide etária do país. Em 1991, 28% da população brasileira era composta por jovens entre 15 e 29 anos. Em 2010, esse percentual caiu para 27%. A previsão para 2060 é que o percentual seja de 15%.
“Esse aumento da expectativa de vida do brasileiro, associado ao menor ritmo de crescimento da população geral, tornam os cuidados com a saúde física, psíquica e a qualidade de vida ainda mais relevantes, com efeitos importantes para uma vida profissional melhor e mais longa. A longevidade das pessoas e de sua carreira devem ser vistas como uma oportunidade de desenvolvimento profissional e particular”, aponta.
O papel das empresas
Nesse contexto, as empresas podem atuar como agentes facilitadores, fornecendo estímulos e apoio ao trabalhador em função do planejamento do futuro profissional, que é uma responsabilidade individual para as pessoas, como explica Almeida. A partir desse desafio, foi estruturado o Instituto Sesi de Inovação em Longevidade e Produtividade, que auxilia as empresas a lidarem com essas mudanças de cenário.
Uma das tecnologias utilizadas pelo Instituto é o do Empoderamento para Longevidade Produtiva, que promove a gestão de carreira, experiência e bem-estar mental dos trabalhadores e gestores no mundo do trabalho atual. “O método aumenta as oportunidades de os participantes descobrirem soluções de sucesso relacionadas à carreira e reforça a capacidade de lidar com contratempos. O envelhecimento acontece desde que nascemos e as pessoas e as corporações devem se preparar. Todos vamos experimentar essa diversidade”, detalha Almeida.
A partir de pesquisas, de acesso a informações sobre envelhecimento ativo no ambiente de trabalho, diálogos com as indústrias, e ferramentas que organizam e disseminam conteúdos sobre a transição demográfica da população brasileira e seus impactos na força de trabalho, o Instituto orienta os empregadores na tomada de decisões, em seus planejamentos estratégicos, tendo como objetivos a inclusão e a promoção da saúde dos trabalhadores mais longevos.
Nenhum comentário