Gestão correta é principal forma de combater o absenteísmo
Brasil tem 35 milhões de dias parados por ano com os dias de faltas e afastamentos de trabalhadores. Sesi Paraná auxilia indústrias e empresas a lidar com o problema
Desde o início do ano, o Sesi no Paraná oferece a Gestão do Absenteísmo, que analisa o problema nas indústrias e empresas, e propõe ações para reduzi-lo. O absenteísmo causa perdas diretas – as financeiras – quando é necessário, por exemplo, contratar um trabalhador para substituir o afastado, ou, as indiretas, quando um colaborador acaba acumulando funções e assumindo o trabalho do colega. “Há ainda a necessidade de treinamento para o substituto, além do pagamento de quem está afastado. Isso leva tempo, e dinheiro”, frisa a gerente de segurança e saúde do Sesi Paraná, Juliana Lacerda.
O programa, que funciona como uma assessoria e consultoria para apoiar a indústria na redução dos impactos causados por afastamentos por doença, possui cinco passos: Avaliação Inicial (comparação da empresa em relação a outras semelhantes em relação ao absenteísmo); Gestão dos Afastamentos (regulamentação de atestados, avaliação especializada dos trabalhadores, e análise de encaminhamentos desnecessários ao INSS); Gestão dos Nexos Previdenciários (para prevenir o enquadramento automático de benefícios do INSS), Gestão do FAP – Fator Acidentário de Prevenção (avaliação econômico-financeira dos acidentes), e Gerenciamento Epidemiológico dos Afastamentos (análise de causas e características dos afastamentos).
Com uma metodologia correta, a empresa pode descobrir as principais causas de afastamento. Por exemplo: se for detectado que são problemas osteomusculares, é possível adaptar os postos de trabalho, ou promover ações de saúde e prevenção para diminuir o problema. “A medida reduz custo e melhora os processos, com a relação de maior proximidade com o funcionário”, salienta o analista técnico da gerência de segurança e saúde do Sesi, Luciano Nadolny. Os setores de supermercado, frigoríficos e telemarketing são os que mais apresentam absenteísmo, segundo o analista.
“Presenteísmo”
Além das faltas e afastamentos, Juliana Lacerda lembra que há outro problema comum que também afeta a produtividade, o “presenteísmo”. Ou seja: a pessoa que cumpre o horário de trabalho, mas não consegue produzir tanto quanto um outro colega na mesma função. “É a pessoa que só está no trabalho de corpo presente, mas a cabeça está em outro lugar, menos no trabalho”.
Além da correta gestão por parte da empresa, é necessário que ela trabalhe na causa e na solução do problema, tanto do absenteísmo quanto no presenteísmo, frisa Juliana Lacerda. “O trabalhador deve estar em boas condições de saúde, e não só de corpo presente. Precisamos estar de corpo, alma, com a saúde e uma mente boa para desenvolver o nosso trabalho. Senão, a gente sai para uma tortura todos os dias”.
Esse trabalho, segundo a gerente, não pode ser feito somente pelo gestor de um setor, mas com outras áreas da empresa, como Recursos Humanos e o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT). “Essas três figuras precisam ter uma orientação muito boa para perceber as pessoas que estão no presenteísmo, e que, às vezes, não conseguem produzir nem 10% do que elas precisam”.
Serviço:
Mais informações sobre o funcionamento e contratação do serviço pelo telefone: 41-3271-9273.
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