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Ler é Viver desperta o prazer da leitura em alunos da rede pública

Projeto comemora 10 anos com mais de 50 mil alunos beneficiados; premiação acontece nas próximas semanas

“Entro no livro e consigo imaginar tudo”. A frase da jovem Evelyn Tauani, de 9 anos, resume bem a sensação de imergir no mundo da literatura, aventurar-se nas páginas de um bom livro e conviver com seus personagens e histórias. Aluna da rede pública de ensino, Evelyn é uma das participantes do projeto Ler é Viver, que busca despertar em crianças e adolescentes o interesse pela leitura.

Criado há dez anos pelo Instituto Gil Nogueira, o projeto já beneficiou mais de 50 mil alunos de escolas públicas de Belo Horizonte e do interior do Estado, com uma estimativa de mais de 1 milhão de livros lidos e interpretados. Só neste segundo semestre de 2016, foram 25 escolas e dois projetos sociais participantes, com quase 7 mil alunos assistidos.

Segundo a presidente do Instituto, Patrícia Nogueira, um conceito chave para o Ler é Viver reside no cuidado em garantir que os alunos saibam interpretar bem as obras. “Para que a leitura se torne um hábito e uma prática prazerosa, é fundamental que os alunos consigam entender as histórias. Por isso, as atividades do projeto incluem o acompanhamento e a avaliação da capacidade de interpretação dos estudantes, no intuito de incentivá-los”, explica.

A cada novo início de semestre são distribuídos kits com 50 livros infantis para as turmas participantes, e, durante o período letivo, os alunos são estimulados, pelos professores, a ler e interpretar as obras. Ao final do semestre, é feita uma avaliação individual, de acordo com a ficha técnica dos livros, e as crianças que mais leem recebem medalhas.

Premiação
Até o dia 14 de dezembro, a equipe do Ler é Viver fará visitas às escolas participantes em Belo Horizonte para premiar os participantes que apresentaram melhor desempenho de leitura. A premiação é feita por categorias: aqueles que leram e interpretaram de 8 a 22 livros recebem medalha de bronze. Os que alcançarem a marca de 23 a 44 livros, a medalha de prata. E aqueles que chegarem a 45 a 50 livros lidos e interpretados levam o ouro para casa. As crianças que lerem e interpretarem todos os 50 livros disponibilizados no semestre recebem ainda uma medalha de “campeão de leitura”.

E o reconhecimento do bom desempenho não é exclusividade dos pequenos leitores. Os professores que alcançarem uma média igual ou superior a 20 livros lidos e interpretados por aluno também são premiados.

“Em minha sala, todos foram premiados, o que é motivo de muito orgulho”, afirma a professora Elizane de Fátima, que participou do projeto no primeiro semestre de 2016. Para a educadora, os resultados são perceptíveis e, muitas vezes, imediatos. “Eles ficam mais espertos, aprendem com mais facilidade e ganham segurança na hora de interpretar. Além disso, aprendem a ouvir mais”.

Sobre o Ler é Viver

O projeto atua por meio da distribuição de um kit de leitura, com 50 obras literárias, para turmas do Ensino Fundamental, no início do semestre letivo. Durante esse período, os alunos são incentivados a ler todos os livros e, ao final dos seis meses, a equipe do IGN avalia o desempenho dos alunos individualmente, e realiza premiações em todas as escolas participantes.

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