Não existe uma fórmula mágica para realizar uma fusão ou aquisição
*Por João Alberto Panceri e Eduardo Navarro
Um tipo de operação rara até a década de 90, as fusões e aquisições foram tomando força e hoje fazem parte do dia a dia dos negócios das empresas nacionais. Tal tendência se reforçou devido a inúmeros fatores: estabilização da moeda com o plano Real, a estratégia da expansão das companhias em países com uma perspectiva econômica melhor e um risco menor, busca por novas tecnologias, necessidade de implantação de diferentes processos de gestão, melhorias na logística das operações e ganho de competitividade, dentre outros.
Somente este ano, foram concretizadas 537 operações de fusões e aquisições no Brasil, sendo que 157 operações aconteceram entre julho e setembro. Apesar do alto número, esse quantitativo está abaixo do que vinha sendo registrado nos anualmente e é o pior resultado desde 2010, quando foram realizadas 531 transações. Todos esses dados constam em pesquisa realizada trimestralmente pela KPMG.
Apesar do recuo, temos diversos outros pontos de destaque. Os primeiros nove meses deste ano registraram um recorde de transações em que brasileiras venderam os ativos no exterior. O quantitativo de 27 transações desta natureza já supera o recorde de 15 observadas ao longo dos dois últimos anos. Além disso, tivemos uma queda no número de operações de aquisições de estrangeiras por brasileiros (67 transações), atingindo o menor nível desde 2004, o que pode significar que as empresas internacionais estão mais propensas a manter negócios aqui no país.
O fato é que, mesmo com incertezas, os investidores continuam a enxergar uma fusão ou uma aquisição como negócio viável para alcançar crescimento e rentabilidade. Entretanto, nem sempre é fácil concluir uma transação deste tipo e realizá-la não é sinônimo de sucesso.
Cabe ressaltar que uma operação de fusão e aquisição poderá ser bem sucedida se os proprietários realmente conhecem as suas próprias empresas. Saber quais são as forças, as fraquezas e o valor real é um fator importants para se iniciar bem a negociação. Através da análise de operações de fusões e aquisições realizadas em todo o mundo, a KPMG identificou obstáculos que as empresas devem ultrapassar para poder gerar valor na transação. Diante disso, três ações podem ajudar a garantir a entrega de valor: avaliação cultural para identificar e mitigar riscos culturais imediatos; análise do potencial impacto dessas questões sobre os profissionais; usar essas diferenças como fatores para agregar valor à transação.
O fato é que realizar uma fusão ou aquisição de uma empresa requer planejamento. As oportunidades são muitas, mas os desafios também são inúmeros. Por isso, desde o processo de precificação até uma boa integração, existem diversos fatores que vão definir se a nova empresa terá sucesso ou se quem abriu mão do negócio receberá o valor justo.
*Por João Alberto Panceri é sócio da KPMG no Brasil e Eduardo Navarro é sócio-diretor da KPMG no Brasil
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