Segurança máxima: Como a tecnologia pode apoiar a gestão de presídios
Com o uso de sistemas de áudio, analíticos e câmeras de alta resolução e resistentes a atos de vandalismo, instituições carcerárias norte-americanas e brasileiras investem em sistemas avançados para o monitoramento dos detentos
Essas tecnologias, oferecidas pela fabricante sueca Axis Communications, já estão disponíveis no Brasil, e algumas já são utilizadas em presídios no Brasil e no exterior. Uma delas é o Axis Perimeter Defender, que faz uma análise contínua da movimentação no perímetro do presídio. Através de uma combinação de câmeras, software e alto-falantes IP, o sistema detecta quando alguém se aproxima do muro, tanto do lado de dentro, numa possível tentativa de fuga, quanto do lado de fora, numa potencial tentativa de jogar produtos para dentro. Ao detectar essa presença, o sistema alerta automaticamente os operadores na central de monitoramento, e pode acionar de imediato uma sirene ou emitir uma mensagem dissuasiva.
O alto-falante de rede AXIS C3003-E, estilo corneta, é um dispositivo IoT (Internet of Things) que projeta um som com alcance de 100 metros. Com um único cabo de rede, o alto-falante recebe energia e se conecta diretamente a um sistema de gerenciamento de vídeo ou a um sistema de telefonia Voz sobre IP (VoIP), já que suporta o protocolo SIP. Ao associar um número de telefone ao aparelho, basta o usuário ligar para o número e falar normalmente ao telefone para ter a fala amplificada.
O áudio também pode ser uma ferramenta importante na identificação de ocorrências. A câmera de rede AXIS Q8414-LVS, feita de aço inoxidável e resistente a atos de vandalismo, possui um microfone interno que capta o áudio e pode ajudar a identificar situações urgentes como barulho de uma luta corporal, gritos e pedidos de ajuda. A câmera ainda grava imagens mesmo em ambientes em total escuridão, com o LED infravermelho, e tem um design que deixa a câmera no canto da parede, sem que o preso tenha meios de se segurar na câmera para arrancá-la.
Uso em presídios
Existem tecnologias inovadoras já em uso em prisões brasileiras e estrangeiras. No Centro de Correção do Condado de Worcester, em Massachussets, nos Estados Unidos, são mais de 100 câmeras de alta resolução da Axis espalhadas pelos 12 pavilhões. A resolução Full HD permite aos operadores monitorarem de perto as expressões faciais dos presos, e entender possíveis tentativas de rebelião numa fase inicial.
Em um dos casos, os vídeos ajudaram os investigadores na identificação de membros de facções rivais em meio a uma briga que terminou com um esfaqueamento. Como resultado, os participantes foram acusados formalmente perante a justiça e receberam uma sentença adicional.
No Brasil, a Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado do Ceará (Sejus-Ce), criou uma central de vídeo monitoramento IP em Fortaleza para poder monitorar, à distância, grande parte do sistema prisional do estado. Foram 566 câmeras AXIS instaladas em todo o entorno das unidades prisionais, nas áreas externas, de acesso e também na área administrativa de cada uma.
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