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Última semana da exposição "Sombras que ficam", de Ale Fonseca e Marcelo Kraiser, na cAsA - Obra Sobre Papel expõe (até 7/01)

FOTOGRAFIAS COM TÉCNICAS DO SÉCULO XIX ESTÃO NA MOSTRA

Ale e Kaiser - Divulgação
O interesse comum pela imperfeição, afinidades estéticas e a admiração mútua levaram os artistas Alê Fonseca e Marcelo Kraiser a assinarem juntos a atual exposição da cAsA – Obras Sobre Papel: “Sombras que ficam”, aberta para visitação até 7 de janeiro, de segunda a sexta-feira, das 10 às 19h; sábados das 10 às 14h.

Com curadoria de Susan O. Campo e texto crítico da professora doutora Maria do Céu Diel de Oliveira, a mostra reúne mais de 30 trabalhos, entre individuais de cada artista e obras produzidas a quatro mãos, especialmente para a ocasião. São fotografias realizadas com técnicas do século XIX, que têm um processo lento: as imagens são feitas uma a uma e reveladas de maneira artesanal, o que possibilita interferências do tempo e gera imperfeições.

“Temos uma atração mútua pelo estrago, pelo mofo, nesses trabalhos há uma desobediência tecnológica que nos interessa. A matéria-prima veio de acervos nossos, alguns negativos do século passado... Mas também fizemos fotos juntos, com câmeras de grande formato (8x10). Trabalhamos em linhas distintas, porém com um diálogo muito interessante”, conta Alê Fonseca.

O convite para a exposição em dupla veio de Alê, que já conhecia o trabalho de Kraiser, um dos pioneiros dessa técnica no Brasil. “Com essa proposta revisitamos o meu acervo e escolhemos juntos. Sou admirador do trabalho do Alê, tanto musical quanto visual e a diferença de geração entre nós não interferiu, há uma confluência, por isso deu tão certo. Não temos um apreço a fotografias bonitas, flagrantes... O atraente dessa técnica é estarem sujeitas a deformidades e isso, sim, nos prende”, explica Marcelo.

Convidada a escrever sobre a mostra, Maria do Céu conclui “como todos os artistas, perguntaram às sombras suas histórias e lhes deram vozes: no silêncio de suas respostas, encontraram o caminho de volta ao presente do passado, nosso lugar, um sempre presente ontem, agora aqui”.

Marcelo Kraiser (1952) é natural de Belo Horizonte, poeta, fotógrafo, desenhista, músico, ilustrador, construtor de instrumentos sonoros, professor e doutor em Letras. Alê Fonseca (1989) também é natural de Belo Horizonte, tecladista e sintetista, fotógrafo e gravador.

SERVIÇOS

Exposição “Sombras que ficam”, por Alê Fonseca e Marcelo Kraiser
Curadoria: Susan O. Campo
Visitação: de 28 de outubro de 2016 a 7 de janeiro de 2017.
Local: cAsA – Obras Sobre Papel (Avenida Brasil, n° 75).
Horário de Funcionamento: segunda a sexta-feira, das 10 às 19h.
Sábado, das 10 às 14h.
Informações: (31) 2534-0899
Entrada Gratuita.

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