ABDI analisa à perspectiva da economia industrial
O crescimento econômico do país, ainda segundo análises da ABDI, depende, na verdade da superação de três desafios estruturais
Os últimos números da economia brasileira apontam para um 2017 melhor do que os anos de 2015 e 2016. O acompanhamento da produção física da indústria, do volume de serviços e dos dados da agropecuária mostra que há mudança de tendência e, portanto, que o PIB deve apresentar ligeira melhora no ano.
A impressão é reforçada pelo aumento da confiança do empresário industrial, segundo índice divulgado agora, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Mais interessante do que o resultado de fevereiro, é perceber que o número divulgado pela CNI parece colocar em novo patamar as expectativas do setor secundário, abrindo portas para novas encomendas, projetos e investimentos.
Cabe ressaltar, pelo lado negativo, no entanto, que as condições econômicas atuais ainda são mal avaliadas, suspendendo, para o momento, qualquer ação mais ousada por parte dos empresários. De outro modo, a melhora na confiança dos industriais refere-se aos próximos meses e ao ano de 2017.
Índice de Confiança do Empresário Industrial, 2011-2017*
(em pontos)
* Valores abaixo de 50 pontos indicam falta de confiança do empresário. Quanto mais abaixo de 50 pontos, maior e mais disseminada é a falta de confiança.
Fonte: CNI. ICEI: empresário recupera confiança.
Evolução do IBC-Br, 2015-2016*
Fonte: Banco Central do Brasil. IBC-Br (série histórica).
O conjunto desses dois indicadores, na verdade, reforça as análises divulgadas pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). Os boletins de conjuntura (Briefing Econômico) apresentados e divulgados na página da Agência, na internet, apontaram que a queda acentuada do PIB, vivida nos dois últimos anos, não se repetiria em 2017 e o final do ano já mostraria os sinais de estabilização da produção. Mais do que isso, a análise da ABDI aponta que neste ano o Brasil voltará a crescer, mas será necessário promover medidas para que esse crescimento se torne sustentável a médio e longo prazo.
O crescimento econômico do país, ainda segundo análises da ABDI, depende, na verdade da superação de três desafios estruturais:
1. superação dos desafios na educação e qualificação da mão de obra;
2. superação dos desafios na infraestrutura básica e de comunicação; e
3. renovação da indústria brasileira. Isto significa elevar a competitividade do setor secundário através da agregação de valor aos produtos por meio da incorporação de serviços industriais sofisticados no processo produtivo.
Sobre a ABDI – Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial
A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial – ABDI surgiu no momento de retomada das políticas públicas de incentivo à indústria, em 2004, e se legitimou com órgão articulador dos diversos atores envolvidos na execução da política industrial brasileira.
Em mais de uma década de atuação, sob a supervisão do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, a ABDI é a única agência de inteligência do governo federal para o setor produtivo e oferece à indústria completa estrutura para a construção de agendas de ações setoriais e para os avanços no ambiente institucional, regulatório e de inovação no Brasil, por meio da produção de estudos conjunturais, estratégicos e tecnológicos.
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