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Após recuperação em dezembro, poupança perde R$10,7 bilhões em janeiro

A caderneta de poupança, que havia apresentado captação positiva em novembro e dezembro, voltou a registrar saques em janeiro. O resultado apontou para saques no valor de aproximadamente R$ 10,74 bilhões. Vários fatores explicam esse comportamento, de acordo com o professor do Mestrado em Economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Pedro Raffy Vartanian como “a necessidade de recursos para pagamento de impostos no início do ano, bem como despesas resultantes de gastos com viagens e festas de fim de ano, além dos gastos com material escolar e uniforme”.

Em dezembro, o crescimento de mais de R$ 10 bilhões é explicado pelo pagamento do 13º salário que, pelo menos temporariamente, acaba sendo direcionado para a poupança. Os saques na poupança, entretanto, apresentam um caráter estrutural, já que em 2015 e 2016 tiveram resultados de R$53 bilhões e R$ 40 bilhões, respectivamente. Em dois anos, portanto, a poupança acumula saques de mais de R$ 90 bilhões. Para Vartanian “a baixa rentabilidade quando se compara a poupança com outras aplicações como o Tesouro Direto, fundos de investimento e CDB (Certificado de depósito Bancário) entre outras, associada ao cenário de recessão e aumento do desemprego, faz com que os poupadores saquem o recurso para utilização ou para destinação a outro investimento mais rentável”.

*Pedro Raffy Vartanian é professor do Mestrado Profissional em Economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie e Pesquisador do Centro Mackenzie de Liberdade Econômica.

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