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Pesquisa mostra queda na confiança do pequeno empresário na economia para 2017

4º Edição do Termômetro ContaAzul também aponta que as pequenas empresas enfrentaram desafios para honrar contas no 4º trimestre de 2016. Mesmo assim, 30% das empresas pretendem
contratar no 1º trimestre deste ano

O pequeno empresário brasileiro encerrou 2016 menos confiante na recuperação da economia do País em relação ao terceiro trimestre do ano passado. É o que mostra a 4ª edição do Termômetro ContaAzul, pesquisa trimestral conduzida pela líder nacional em sistemas de gestão online para pequenas empresas, ContaAzul (www.contaazul.com.br), que ouviu empreendedores de todos os estados brasileiros.
 
Leia o estudo Termômetro ContaAzul 4ª Edição na íntegra: bit.ly/Temometro_ContaAzul_4

Conforme o estudo 52,3% dos empresários acreditam em melhora do cenário econômico em 2017, enquanto 9,8% esperam piora. Houve, contudo, uma queda na confiança com relação ao apurado no levantamento anterior, realizado em setembro de 2016. Na oportunidade, 61,2% esperavam uma melhora no cenário e só 4,8% afirmaram que iria piorar.

Outro importante indicador que apontou ligeira queda em relação à 3ª edição do estudo diz respeito às expectativas de crescimento. 47,6% das empresas ouvidas acreditam que terão crescimento no trimestre seguinte ao da consulta. A mesma pergunta foi feita no levantamento anterior e o número de empresários que apostavam em crescimento nos três meses seguintes era de 49%.

O percentual de empresas que acreditam em queda nas vendas também aumentou em relação ao período anterior: de 8% para 10,7%. Embora seja minoria, 1,3% das empresas consultadas acredita que fecharão as portas no começo do ano, contra 2% em setembro.

Embora menos confiantes em relação à economia e às suas próprias possibilidades de crescimento, os empreendedores consultados mostraram certo otimismo em relação às expectativas para o mercado em que atuam. Cerca de 87% dos empreendedores de pequenas empresas acreditam que o começo de ano não será ruim para o segmento em que o negócio está inserido.

Além disso, 31,1% dos pequenos empresários pretendem contratar no início de 2017, enquanto 14,4% dos participantes esperam demitir no mesmo período. Se a intenção se confirmar, o percentual de admissões ficará 16,7% à frente do índice de demissões, uma situação bastante diferente dos 0,8% registrados no terceiro trimestre de 2016 pelo mesmo Termômetro.

Fim de ano difícil

A 4ª edição do Termômetro ContaAzul mostrou, ainda, que 74,9% dos pequenos negócios brasileiros tiveram problemas para honrar seus compromissos de final de ano, sendo que 14,6% dos respondentes efetivamente não conseguiram pagar as contas.

Essa dificuldade pode ter sido uma consequência da queda nas vendas – para 56,2% dos pesquisados, a área de Vendas foi a mais afetada pela crise – e também problemas com fluxo de caixa. De acordo com a pesquisa, nos dez primeiros meses de 2016 as empresas apresentaram uma queda representativa em seu fluxo de caixa acumulado. O valor total foi de R$ 16.572,35 em 2016, contra R$ 85.057,40 e R$ 65.005,41 em 2014 e 2015, respectivamente.

“A 4ª edição do Termômetro ContaAzul comprova que 2016 foi um ano difícil para o pequeno empresário brasileiro em razão da crise econômica e política vivida pelo País. No entanto, a percepção trazida pelo estudo é de que, embora menos confiante, ele continua otimista e acredita em um ano de 2017 melhor. No contato que tenho com empreendedores do Brasil inteiro nota-se que aqueles que praticam a gestão de forma disciplinada enfrentaram os desafios da economia com maior êxito, muitos desse grupo afirmam até mesmo não terem vivido crise alguma”, afirma Vinicius Roveda, CEO da ContaAzul.

Roveda ressalta que, mais do que nunca, ter uma gestão eficiente é essencial para que o empreendedor supere as dificuldades e consiga prosperar mesmo em um momento econômico desfavorável. “Ter um fluxo de caixa bem controlado e um acompanhamento diário dos principais indicadores do negócio ajuda o gestor a tomar decisões mais rápidas e embasadas, que fazem a diferença para o sucesso em momentos como este”, diz.

Confira outros destaques da 4ª edição do Termômetro ContaAzul, e clique aqui para baixar o estudo completo:

· Criar uma reserva financeira deve ser a prioridade para as pequenas empresas no ano de 2017. É o que aponta 25,3% das empresas ouvidas. 23,9% dos respondentes apontaram como prioridade o investimento em novos produtos e serviços, 9,7% investir na compra de equipamentos e 9,3% em reformas ou mudança de sede. 19,1% dos entrevistados, no entanto, afirmaram que não farão investimentos em 2017.

· Importante forma de pagamento para as pequenas empresas, os boletos bancários tiveram alta inadimplência durante os 10 primeiros meses de 2016. As empresas pesquisadas registraram uma média de 22,62% de boletos emitidos e não pagos, o que também pode ter refletido diretamente no fluxo de caixa.

· O volume de impostos pagos referentes a serviços aumentou no quarto trimestre em relação ao trimestre anterior. A maior alta ocorreu nas empresas da região Norte, que registraram aumento de 34,35%. No nordeste, o crescimento foi de 28,51%, no centro oeste de 25,9% e no sudeste de 2,97%. A região Sul foi a que registrou o aumento mais tímido na média de impostos pagos, apenas 0,84%.

· 71,5% dos empresários declararam sentir algum impacto da transição política na sua empresa, sendo que para 55,5% deles o impacto foi negativo. O número foi consideravelmente maior do que o avaliado na terceira edição do estudo, quando apenas 55,3% disseram ter sentido algum impacto.

· A maioria das empresas mantiveram situação estável em relação a contratações e demissões. 66,9% delas afirmaram não terem contratado ninguém no último trimestre de 2016, enquanto 67,7% alegaram que não fizeram demissões. Os indicadores apontam uma leve alta em relação aos dados obtidos na terceira edição do estudo, quando os números foram de 65,1% e 64,4%, respectivamente.

· Uma boa parte dos pequenos empresários brasileiros (42,4%) teme pelo aumento de impostos em 2017. A maioria das empresas ouvidas (54,6%) acredita na manutenção da carga de impostos e apenas 3% se mostraram otimistas, crendo na redução dos tributos.

Sobre a ContaAzul

A ContaAzul (www.contaazul.com) é uma empresa brasileira, fundada em 2011, que oferece inovador sistema de gestão 100% online (na nuvem) para micro e pequenos negócios. A empresa foi a primeira startup brasileira selecionada pela 500Startups, um dos principais programas de aceleração de negócios no Vale do Silício para receber mentoria sobre design, distribuição online e métricas, ficando incubada por quatro meses nos Estados Unidos.

Após o destaque no programa de aceleração de negócios da 500startups, a ContaAzul chamou a atenção de inúmeros investidores ao redor do mundo, recebendo investimentos da Monashees Capital, Ribbit Capital, 500Startups, Napkn Ventures e Tiger Global. Recebeu o prêmio de melhor aplicativo web brasileiro em 2012 e em 2013 foi considerada a melhor startup B2B, além de ter o melhor co-founder, todos reconhecimentos recebidos pela The Next Web (maior publicação europeia sobre startups). Em 2014, foi eleita entre as 10 empresas mais inovadoras da América Latina pela publicação norte-americana Fast Company.

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