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Alimentando as bactérias benéficas - Por Carlos Ronchi*

O principal objetivo da produção animal é fornecer alimento nutritivo, saudável e seguro ao consumidor. Uma exploração pecuária deve oferecer condições adequadas ao bem-estar animal e sempre respeitar o meio ambiente.

Atualmente a biotecnologia disponibiliza ferramentas que proporcionam uma exploração mais econômica e sustentável, melhorando o desempenho animal e beneficiando o consumidor.

O grande desafio atual é a substituição por completo dos antibióticos promotores de crescimento (APC), uma vez que o uso contínuo dessas substâncias provoca resistência microbiana, podendo esta ser transferida para as bactérias presentes no sistema gastro-intestinal (SGI) de humano abrindo margem à um grande problema de saúde pública.

Perante este impasse, em 2006 a União Europeia baniu a utilização dos APC´s na criação animal, bem como a comercialização de produtos contendo resíduos destes compostos. Em janeiro de 2017, nos Estados Unidos tomou-se a mesma decisão. Surgiu então, uma demanda crescente e voraz por alternativas efetivas que substituam os APC´s garantindo bons índices de produtividade, segurança alimentar e custos competitivos.

Os alimentos funcionais preenchem esta lacuna. São considerados alimentos e/ou ingredientes funcionais aqueles que, vão mais além do que apenas nutrir, promovem a saúde por meio de mecanismos não previstos pela nutrição convencional.

Muitos ingredientes funcionais são comercializados como aditivos alimentares, tanto para a alimentação humana, como para a alimentação animal. Nesse contexto destacam-se os prebiótico, os probióticos e os simbióticos os quais são considerados moduladores de microbiota intestinal, pois são capazes de aumentar a população de micro-organismos benéficos presentes no SGI, como os Lactobacilos e as Bifidobactérias, em detrimento dos microrganismos causadores de doenças como Clostridium, Salmonella, E.coli, Campylobacter, entre outras, desempenhando assim um papel decisivo na manutenção da saúde do “hospedeiro”, que é o organismo que hospeda esses micro-organismos.

Vivemos uma nova fronteira na alimentação animal e humana. A fronteira de alimentar e multiplicar as bactérias benéficas intestinais (Efeito Bifidogênico). Os oligossacarídeos são definidos estritamente como sendo carboidratos que contêm entre 2 e 10 monossacarídeos, covalentemente ligados através de ligações glicosídicas (MEHRA e KELLY, 2006). Os oligossacarídeos (fruto-oligossacarídeo, galacto-oligossacarideo, xilo-oligossacarideo, Inulina, etc) são fibras solúveis que tendem a ser fermentadas na porção distal do intestino, majoritariamente pelas populações de Lactobacillus e Bifidobacterias.

Estudos científicos demostram que com a utilização em doses adequadas de FOS e GOS a população de Lactobacillus e Bifidobacteiras pode ser multiplicada em centenas de vezes. Por isso, o seu efeito bifidogênico. Os Lactobacillus são produtores de bacteriocinas (antibióticos naturais) e de ácido láctico, enquanto as Bifidobacterias são grandes produtoras de ácido butírico, propionatos e acetatos. O aumento da população de bactérias benéficas proporciona o aumento das bacteriocinas e ácidos graxos de cadeia curta e média. As bacteriocinas e a acidificação do bolo fecal, provocam importante redução das populações de bactérias nocivas (principalmente Salmonellas e E. coli).

Além disso, essa acidificação aumenta significativamente a ação de algumas enzimas e a absorção de nutrientes, especialmente minerais e vitaminas.

Outro mecanismo, cientificamente comprovado, mostra que a microbiota é capaz de trocar sinais celulares de caráter regulatórios com o hospedeiro, estimulando o sistema de defesa, no qual o epitélio e o muco intestinal bem como as bactérias residentes nesse ambiente provêm o primeiro mecanismo de defesa.

Portanto uma alternativa eficaz aos APC`s são os oligossacarídeos, que ao multiplicar a população de bactérias benéficas promovem o aumento da concentração de ácidos graxos de cadeia curta e média. Com isso, temos melhor equilíbrio da microbiota, preservação do epitélio intestinal, secreção equilibrada de mucina e melhor resposta imunologia.

A utilização destes aditivos funcionais e consequentemente a isenção de Antibióticos Promotores de Crescimento, é uma solução inovadora e sustentável para a cadeia produtiva de alimentos, que simbolizam “SIM” o sucesso do agronegócio.

Sobre a YES

A Yes, empresa de biotecnologia em nutrição animal, desenvolve aditivos nutricionais como adsorventes de micotoxinas, prebióticos e complexos organominerais, com o objetivo de melhorar o desempenho e saúde dos animais. Todos os produtos estão de acordo com as mais rigorosas leis dos mercados mundiais, como Estados Unidos e Europa. Fundada em 2008, a Yes tem escritório-matriz em Campinas/SP, três plantas de produção, uma em Lucélia/SP, uma em Santa Isabel/SP e uma em Borá/SP, um Centro de Logística e Distribuição em Lucélia/SP e outro em Londrina/PR. Atua em todo o Brasil, além de exportar para mais de 20 países, estando presente na América Latina, no Egito, na Indonésia, Tailândia, Filipinas e em Benim. Desde 2016 a empresa faz parte do portfólio de investidas do fundo de investimentos Aqua Capital. Mais informações no website: http://www.yes.ind.br/.

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