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Filosofia de vida une razão e paixão no cotidiano do ser

Filósofo Eduardo Fontoura
Divulgação
O filósofo Luiz Fontoura revisita a origem da filosofia contemporânea na antiguidade para mostrar a dualidade entre a razão do homem e as suas paixões internas. Ele lembra que a arte de filosofar é vista há milênios, anterior aos tempos gregos.

“Os pensadores gregos já refletiam sobre o cotidiano da vida. Seria uma amizade ao conhecimento, ou o amor ao conhecimento, conceito que melhor traduz a filosofia”, diz.

A própria etimologia da palavra, explica, revela a filosofia como sendo um amor à reflexão da vida. Philos signica sabedoria e sofia o amor. Na prática, um olhar da natureza como resposta ao homem em todos os seus aspectos. A partir dessa visão, o ser desenvolve ideias que vão ao encontro da ciência e da lógica. “Essa percepção é transformadora”, afirma.

A busca pelo pensamento lógico é, portando, uma análise de que tudo se transforma. “O rio que você se banha agora jamais será o mesmo, dizia Heráclito. Ou seja, estamos em constante evolução pela razão trazida da ciência, questões éticas e paixão que afunilam na metafísica da liberdade”, completa Eduardo.

O filósofo ainda faz um alerta: o homem nunca deve confundir o ontológico do lógico. “O ser é lógico. Contudo, há nele um paralelo com a natureza, um ser crú que busca enfrentar e se complementar à razão, sempre”.

Logo, o questionamento que surge em todos os conflitos do dia a dia é: o que de fato é verdadeiro? A resposta beneficia uma inquietação que move o homem de acordo com a sua moral e a sua ética. Os argumentos à essa resposta são favoráveis na medida em que transparecem a verdade que há em cada indivíduo.

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