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GRAFITE OU PICHAÇÃO?

Colégio Stockler aproveita polêmica para explorar temas que vão de cidadania a arte urbana

Ao entrar no Colégio Stockler, o visitante logo se depara com um muro grafitado. A obra, realizada pelos alunos do Ensino Fundamental II, é resultado de um projeto anual sobre espaços públicos e privados implantado na escola em 2014.

Em 2017, o controverso Programa Cidade Linda do prefeito João Doria conferiu ainda mais significado à atividade. Seguem algumas das perguntas e das estratégias didáticas utilizadas pelos professores do Stockler para tratar o tema:

O que separa a legítima manifestação artística da depredação do patrimônio público?

Nas aulas de artes, os alunos assistem e debatem o documentário “Cidade Cinza” (2013) que destaca a perspectiva de artistas urbanos ilustres como OsGemeos, Nunca e Nina sobre a importância do grafite para a paisagem das cidades.

Leem também a matéria de capa da revista Veja, “Guerra do Spray”, sobre o programa Cidade Linda.

Como o grafite dialoga com outros elementos da arte urbana?

Os estudantes aprendem sobre o surgimento do movimento Hip Hop na Nova York dos anos 1970 e exploram suas influências na música, na dança, na moda e no comportamento urbanos da atualidade.

Depois, com a ajuda de grafiteiros, os alunos experimentam algumas das técnicas e materiais mais utilizados pelos artistas urbanos como pôsteres, stênceis, pincel e spray e fazem uma interferência no espaço físico da escola.

Além dessas questões, o Stockler realiza uma visita ao centro velho de São Paulo, em que os alunos são incentivados a observar e mapear incidências de pichação e de grafite.

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