Nova Central anuncia adesão nacional de suas sedes à Greve Geral
Central sindical afirma que única forma de reverter perdas trabalhistas é sensibilizando o Congresso com a voz das ruas. Greves por todo o país paralisarão setores de transporte e metalurgia, bancos, correios e escolas.
Brasília, 27 de abril de 2017 - A Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) reforçou sua adesão à Greve Geral desta sexta-feira (28) em todas as suas sedes regionais pelo Brasil. A entidade sindical conclamou seus funcionários para que ocupem as ruas de suas respectivas cidades juntamente com a população e outros setores da sociedade para se posicionarem contra as reformas Trabalhista e da Previdência que tramitam no Congresso. Para a NCST, pressionar o legislativo com o apoio popular deve sensibilizar deputados e senadores.
"Os 296 deputados que votaram a favor da Reforma Trabalhista, mais uma vez, negaram apoio aos trabalhadores e à sociedade que dizem representar e aproveitaram ainda a oportunidade para desmontar a estrutura sindical brasileira", afirma José Calixto Ramos, presidente da NCST. Segundo o sindicalista, a ideia é fazer com que a população cobre seus representantes na base para que o texto não passe no Senado. "Conclamamos todos os sindicalistas para que neste dia 28 fechem suas sedes e, com faixa e cartazes, gritem por todas as ruas das cidades contra as reformas Trabalhista e da Previdência, pela manutenção dos diretos que protegem o trabalhador e pelo respeito aos sindicatos, que historicamente estão na linha de frente da luta por direitos", coloca.
José Calixto também ressalta a entidade tentou, juntamente com outros sindicatos e órgãos como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra) de várias formas dialogar com a equipe do presidente Michel Temer e lideranças políticas do Congresso favoráveis às reformas, alertando para os riscos que o fim da CLT representam para o trabalhador e para a economia. "Está havendo uma tomada de decisão sem o diálogo com a população, que é quem vai pagar por toda essa conta. E o trabalhador sem estabilidade e proteção não produz com qualidade, interferindo em toda a cadeia produtiva. Desta forma, todos perdem", coloca.
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