SPC Brasil: inflação próxima à meta abre espaço para Selic cair para um dígito até o final do ano
Ambiente é propício para continuidade do ciclo de queda da taxa básica de juros
O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) considera positivo para a economia a decisão anunciada nesta quarta-feira pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central em reduzir a taxa básica de juros (Selic) em 1,0 ponto percentual de 12,25% para 11,25%, o mais baixo patamar desde outubro de 2014. A decisão do Copom reflete a desaceleração dos preços dos últimos meses e a expectativa do mercado de que a inflação poderá até mesmo ficar abaixo do centro da meta ao final de 2017, fato que não acontece desde 2009.
O presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, analisa que os sinais de retomada do controle inflacionário e a lenta recuperação econômica reforçam a percepção de que o ciclo de sucessivas quedas da Selic deve se manter ao longo de 2017, chegando inclusive ao patamar de um dígito ao final do ano. “A atual equipe econômica tem construído credibilidade, fato de grande importância para a ancoragem de expectativas. A isso se soma a recuperação mais lenta da atividade econômica”, afirma Pellizzaro Junior.
Para Pellizzaro Junior, o prolongamento do ciclo de afrouxamento monetário é fundamental para a superação da crise econômica. “Taxas de juros mais baixas reduzem o custo do crédito para todos, estimulando o consumo por parte das famílias e o investimento por parte do empresariado. Ao contrário do que houve entre 2011 e 2013, quando o BC derrubou as taxas com intensidade maior do que a justificada pela conjuntura da época, neste momento há um ambiente propício para um ciclo conconsistente e seguro de redução de juros”, afirma Pellizzaro Junior.
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