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Embrapa debate inteligência territorial na Expoagro


“Atribuição, ocupação e uso das terras no Brasil”, foi o tema do Simpósio de Agricultura, que aconteceu na quarta-feira, 16 de maio, durante a 53ª Expoagro. Na ocasião, produtores rurais, professores, pesquisadores, acadêmicos e profissionais da assistência técnica rural participaram do evento. Conceitos como atribuição, ocupação e uso dos solos foram esclarecidos e dados numéricos sobre o tema apresentados aos presentes.

Em sua palestra, o Chefe Geral da Embrapa Monitoramento por Satélite (Campinas/SP), Evaristo Eduardo de Miranda, falou sobre inteligência territorial e seus impactos no agronegócio brasileiro. Segundo ele, a inteligência territorial implica em conhecimentos, mas, sobretudo na capacidade de analisar e refletir sobre a realidade rural, seus processos e a dinâmica agropecuária de um país.

Ele explicou que devido ao trabalho que os produtores rurais de todo Brasil fizeram, em que mapearam as áreas de vegetação nativa de suas propriedades rurais, por meio do Cadastro Ambiental Rural (CAR), muitas informações sobre o tema foram disponibilizadas. A Embrapa analisou esses dados e verificou que 19% do território brasileiro possuí sua vegetação nativa preservada pelos produtores rurais do país. “Todas as unidades de conservação, os parques do Brasil, totalizam 17% do território nacional. Assim, comprovou-se que os produtores rurais são os que mais preservam o Brasil, não tem ninguém que se possa comparar”, destacou.

Segundo ele, “são os produtores rurais que mais preservam, não há profissão que cuide mais do meio ambiente do que os produtores. Não existem instituições que preservem tanto quanto os agricultores brasileiros”. Para Evaristo, é preciso encontrar mecanismos que desonerem o produtor rural, que está fazendo sua parte e está arcando com todos os custos.

O Assessor de Relações Institucionais da Secretária de Estado de Produção e Agricultura Familiar de Mato Grosso do Sul (Semagro), Fernando Mendes Lamas, participou do Painel e explicou que no Mato Grosso do Sul temos uma área cultivada com pastagens de 16 milhões de ha, sendo que cerca de 8 milhões apresenta algum grau de degradação. “Isso é uma dificuldade que gera efeitos negativos tanto para a sociedade rural quanto para sociedade urbana, pois muitas vezes o problema se inicia numa região e gera danos ambientais e/ou sociais em outras regiões. Por isso, o Governo do Estado está buscando alternativas para recuperar essas pastagens, por meio do Programa Terra Boa, que consiste na redução do pagamento do ICMS, para os produtores que adotarem estratégias de manejo que contribuam com a recuperação das pastagens degradadas”, disse ele.

“É fato de que na realidade do setor agropecuário o produtor rural é o verdadeiro conservador do meio ambiente do Brasil e isso tem que ficar claro para a sociedade”, disse o Presidente da Famasul, Maurício Saito, que participou do Painel. Segundo ele, o Sistema Famasul tem buscado a parceria com a comunidade cientifica, especialmente com a Embrapa. “Esse alinhamento é importante para sociedade”, disse Saito.

Para o moderador do painel será o Chefe Adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agropecuária Oeste, Auro Akio Otsubo, a palestra proporcionou uma contextualização do cenário da produção agropecuária e um debate técnico para consolidar o desenvolvimento sustentável da produção agropecuária com visão estratégica.

O Simpósio foi uma realização da Embrapa Agropecuária Oeste e do Sindicato Rural de Dourados, com apoio da Famasul, Semagro e Embrapa Monitoramento por Satélite.

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