Jovens planejam o próprio negócio durante a faculdade
Pesquisa confirma a tendência, 76% dos jovens brasileiros sonham empreender
Foto/Pixabay |
A estudante de Pedagogia de 22 anos, Ketlyn Sibert, já tentou abrir duas empresas. A primeira tentativa foi cedo, aos 16 anos. “A falta de credibilidade, por causa da minha idade, foi o principal empecilho para a empresa de comunicação visual que eu criei e que por isso acabou não dando certo. Depois, abri um petshop, dessa vez, eu percebi que não me dava bem com os cães”, explica a aluna do Centro Universitário Internacional Uninter.
Com a ajuda do Núcleo de Empreendedorismo da Escola Superior Politécnica da Uninter (NEMP), Ketlyn está em sua terceira tentativa de empreender. “Agora é diferente, estamos sendo orientados por uma equipe de professores especialistas no assunto, inclusive nos âmbitos jurídico e financeiro, que são nossas maiores dificuldades”, finaliza a estudante.
Do outro lado está Nathalya Schefer, 20, que nunca pensou em ter um negócio próprio, mas que também, ainda durante a faculdade de Pedagogia, notou um ponto fraco no mercado em que vai atuar e decidiu levar a sua ideia adiante com o suporte do NEMP. “Quero aliar a possibilidade de ter uma empresa minha e ao mesmo tempo poder contribuir para a melhoria da educação e conscientização sobre o meio ambiente”, comenta.
João Mattos, fundador da Prata Fina, que atualmente possui 65 lojas franqueadas no Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e interior de São Paulo, esteve recentemente com os futuros empresários inscritos no Núcleo e deu algumas dicas essenciais para obter sucesso no primeiro negócio. “Tenha foco no objetivo traçado. Assuma os erros e não perca tempo tentando consertá-los sempre, o erro é o custo do aprendizado. E fique atento aos sinais, à intuição, pois eles vêm e geralmente mostram um caminho”. A Prata Fina foi fundada há 20 anos e é considerada a maior franquia de joias em prata do país.
Como funciona o NEMP
O Núcleo de Empreendedorismo da Escola Superior Politécnica (NEMP) funciona como uma pré-incubadora auxiliando os alunos em seus projetos, apoiando ideias e soluções em produtos e serviços com forte apelo mercadológico. Alunos de diferentes cursos da Uninter podem submeter projetos para serem avaliados por uma comissão de professores e especialistas convidados.
De acordo com Neil Carvalho, diretor da Escola Politécnica, o objetivo é despertar o espírito empreendedor e apoiar projetos e soluções em produtos com apelo mercadológico. “Os alunos chegam com uma ideia e aos poucos com o nosso suporte essa ideia vai se tornando um negócio consistente, com diferencial de mercado”.
Os projetos podem ser inscritos individualmente ou em grupos, estendendo-se a pessoas da comunidade, desde que, pelo menos um dos membros seja aluno da Uninter. Depois de selecionados, os estudantes recebem apoio multidisciplinar de professores, apoio do escritório jurídico modelo, de profissionais específicos da área financeira, entre outros.
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