O que faz um diretor executivo de futebol?
Gestor Esportivo Martin Avenatti destaca a importância da função.
Martin Avenatti/Divulgação |
O artigo pode ser conferido na integra abaixo:
Brasil era país do Futebol, fato mais que comprovado pela derrota de 7x1 para a seleção da Alemanha, e também pelo baixo nível de nossas competições nacionais, que estão uma eternidade distante do alto nível das competições europeias.
Mas tudo tem seu lado bom e ruim, o lado bom dessa história é que o futebol brasileiro levou o choque que faltava para poder fazer as mudanças, no sentido de tentar sermos novamente o país do futebol.
Craques não nos faltam, temos aos montes. Muitos desses não tem nem a oportunidade de jogar devido a corrupção que assola nossa sociedade em todas as camadas, comprovadamente somos o maior exportador de bons jogadores do mundo. Mas cadê a profissionalização do futebol no Brasil?
Já que aqui o futebol precisa ser profissionalizado, tal fato pede profissionais. Uma figura que vem se tornando mais evidente atualmente é o Diretor Executivo de Futebol, Alexandre Mattos, ex-diretor executivo do Cruzeiro. É um precursor, pelo menos é o que está em alta e com grande visibilidade, tanto que sua contratação pelo Palmeiras foi uma das mais comemorados pelos torcedores, até mais do que de certos jogadores.
Mas o que faz um Diretor Executivo de Futebol?
No setor operacional ele deve proporcionar o pleno funcionamento do departamento de Futebol de Base e Profissional; representar o Clube junto a entidades esportivas; organizar; coordenar e supervisionar todas as atividades do clube relacionadas com o futebol; observar atletas para contratação e acompanhar a delegação em viagens; supervisionar e gerenciar os processos de vendas, empréstimos e compras de atletas; elaborar o orçamento do departamento de futebol; estabelecer relacionamentos comerciais com agentes de futebol, para compra e venda de direitos de atletas; observar atletas no estrangeiro, visando novas contratações; realizar reuniões periódicas com as comissões técnicas; aprovar ou rejeitar o relatório mensal de custos do setor; analisar e avaliar os relatórios mensais dos observadores técnicos; elaborar política de salários com base no modelo de empresa e normas legais; controlar os direitos de imagem e de arena; coordenar programa de treinamento para Atletas de alta performance; analisar relatórios da fisiologia; elaborar programa de premiações e produtividade; estabelecer contatos com a Confederações e Federações para negociar os interesses do Clube com relação aos calendários de torneios e/ou competições entre várias outras.
Deve ter como Características e Habilidades
► Liderança
► Habilidade Gerencial
► Dinamismo
► Formação Acadêmica
► Comprometimento
► Conhecimento das Normas e Legislação que regem o Futebol Profissional
► Domínio de Inglês e Espanhol
► Lealdade
É um grande desafio para esse profissional tentar profissionalizar um segmento que a mais de um século foi "administrada" de forma amadora em nosso país. Mas a certeza de que excelentes profissionais conseguiram fazer um ótimo trabalho e transformar novamente o Brasil no País do Futebol. A esperança é a última que morre.
Martin Avenatti é Gestor Esportivo e Diretor da Livia Esportes. Martin foi atleta por 20 anos da seleção de basquete do Uruguai e também atuou em clubes da Nova Zelândia. Se tornou educador físico e treinador. Na área da gestão, fez especializações internacionais e criou, em Porto Alegre, a Lívia Esportes com foco na qualificação e ensino ao mercado esportivo.
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