Para SPC Brasil, se crise política se estender, redução da taxa de juros será mais lenta no segundo semestre
Mesmo com cenário de incertezas com a conjuntura econômica e aprovação das reformas, Selic a 10,25% é positivo para o País
Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro, ainda há espaço para cortes de juros, principalmente por conta da trajetória da inflação e da atividade econômica fraca, mas o ritmo de cortes fica menor em um cenário de agravamento da crise política.
“O impasse político pode adiar a discussão de reformas fundamentais para a retomada do crescimento, além de abrir, novamente, um cenário de incertezas que começava a ser superado”, afirma Pellizzaro. “O risco de persistência ou agravamento desse cenário, que ainda precisa ser considerado, explica a decisão do Banco Central de não acelerar o ritmo de corte dos juros, como se esperava.”
Mesmo com novos acontecimentos tendo impacto na política de juros, a decisão do Copom reflete a desaceleração dos preços dos últimos meses e a expectativa do mercado de que a inflação poderá até mesmo ficar abaixo do centro da meta ao final de 2017, que ainda se mantém. “O patamar de 10,25% faz com que a taxa Selic se aproxime de um dígito, o que, apesar das incertezas presentes, deve acontecer já na próxima reunião, em julho.
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