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Plantas medicinais e aromáticas podem diversificar produção e aumentar a renda de pequenos produtores

APTA fará a exposição de mentas, cidreiras e boldos na Agrishow 2017

Fernanda Domiciano – Assessoria de Imprensa - APTA

Um chazinho de cidreira para melhorar o estômago, um de boldo para limpar o fígado. É comum o uso – no campo e na cidade – das plantas medicinais e aromáticas. Além dos benefícios para o corpo, elas também podem ser uma importante fonte de renda, principalmente, a pequenos produtores rurais. Pensando nisso, a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, fará a exposição de diversos tipos de plantas medicinais e aromáticas, como menta, cidreira e boldo, em vasos. Os materiais compõem a Vitrine Tecnológica para Pequenas Propriedades, no estande da Secretaria de Agricultura.

Segundo a pesquisadora da APTA, Sandra Maria Pereira da Silva, as plantas medicinais e aromáticas podem ser interessantes para diversificar a produção e aumentar a renda nas pequenas propriedades. “As plantas medicinais e aromáticas são bastante utilizadas na indústria farmacêutica, alimentícia e cosmética, por isso, têm valor agregado, sendo interessante para pequenos produtores”, afirma.

O grande gargalo do uso desse tipo de planta na indústria, segundo a pesquisadora, é a perda do princípio ativo, decorrente de erros na produção e no processo de pós-colheita, como beneficiamento, desidratação e armazenamento. “Sem o princípio ativo, a indústria não consegue obter bons produtos a base das plantas medicinais e aromáticas. Realizamos trabalhos para orientar os agricultores a fazer o manejo correto destas culturas no campo, na colheita e na secagem. O objetivo é ensinar o produtor a levar para o processamento uma planta de boa qualidade resultando em matéria-prima com alto teor de princípios ativos desejados”, explica.

Além do uso industrial, as plantas aromáticas e medicinais são interessantes para repelir determinadas pragas e doenças em outras culturas da propriedade. “Ao cultivar tomate, por exemplo, o produtor pode plantar alfavaca que irá repelir algumas pragas da cultura. Algumas plantas medicinais e aromáticas são utilizadas, inclusive, para pulverização em hortícolas”, conta Sandra.

As pesquisas da APTA envolvem a transferência de tecnologia, manutenção de uma coleção com 60 espécies de plantas medicinais e aromáticas e o desenvolvimento de produtos naturais a base óleos essenciais para o controle de ectoparasita em animais. Os trabalhos são desenvolvidos no Polo Regional de Pindamonhangaba da APTA.

Benefícios para o corpo

As plantas medicinais e aromáticas são bastante utilizadas pela população. Mas, nem sempre, as pessoas sabem exatamente qual planta utilizar para resolver, ou amenizar, determinada dor ou doença. Sandra explica que a diversidade de plantas medicinais e aromáticas é grande dentro de uma mesma espécie. Por isso, a ideia da APTA é apresentar ao público da Agrishow quatro tipos de menta, cinco de cidreira e três de boldo entre outras espécies.

“Às vezes a pessoa toma um chá de boldo do tipo ornamental, mas para o problema que tem, seria melhor o uso do boldo baiano. Vamos ensinar os visitantes da Feira a fazer esse tipo de identificação”, explica a pesquisadora. “Mas é importante que se procure sempre a orientação de um profissional da saúde, porque chá é remédio, e, portanto, deve-se utilizá-lo em quantidade, horário e tempo determinados”, ressalta. Durante a Agrishow, o público poderá sentir a textura das folhas e o cheiro de cada uma das plantas medicinais expostas pela APTA.

“Trabalhos como esse mostram a importância da pesquisa para a geração de renda, diversificação de renda e transferência de conhecimentos para a população. Essas são recomendações do governador Geraldo Alckmin”, afirma Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

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