Um em cada quatro brasileiros tem pressão alta. Cenário perfeito para as doenças do coração, como AVC e infarto
A cada dois minutos morre um brasileiro vítima de doença cardíaca. Os problemas do coração já são responsáveis por mais de 300 mil mortes ao ano no país, representando 30% do total. Além de dramática, esta estatística inclui um dado ainda mais preocupante: as chamadas cardiopatias ocorrem em pessoas cada vez mais jovens: em uma década, dobraram os casos em jovens de 20 a 40 anos de idade.
“As doenças do coração matam duas vezes mais que o câncer”, acrescenta o dr. Celso Amodeo, especialista do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, de São Paulo. Amodeo foi o coordenador do Simpósio Internacional “Modern Management of Cardiovascular Disease”, realizado em São Paulo, de 18 a 20 de maio de 2017, com promoção da Fundação Internacional Menarini, da Itália. “Essa realidade é global. Um terço das mortes no mundo está relacionado às doenças do coração”, destaca Álvaro Avezum, diretor de pesquisas da mesma instituição.
Pressão arterial alta (hipertensão), excesso de gordura abdominal, colesterol ruim (LDL) elevado e tabagismo são reconhecidos pela comunidade médica global como os principais responsáveis pelo preocupante aumento das doenças cardiovasculares em todas as partes do planeta.
“Esses problemas da vida moderna são combatidos com medidas básicas, acessíveis a todas as pessoas, porém muitas vezes não levadas a sério, como alimentação saudável, práticas esportivas e controle do peso”, explica o dr. Alberto Zanchetti, da Itália, um dos maiores especialistas do mundo em hipertensão, que também participou do Simpósio, em São Paulo, organizado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, Sociedade Paulista de Cardiologia e St. George Hospital, de Londres.
Segundo dados do Vigitel, programa do Ministério da Saúde, a hipertensão aumentou 14,2% na última década e já atinge 25,7% da população brasileira. Também há, no país, 18,9% de obesos – cerca de 42 milhões de pessoas. De acordo com o levantamento oficial, a obesidade no Brasil duplica em pessoas a partir dos 25 anos de idade, explica o dr. José Francisco Kerr Saraiva, da Unicamp.
Há iniciativas no Brasil e em várias partes do mundo para incentivar a melhoria da qualidade de vida e, assim, contribuir para reduzir os dramáticos índices de aumento das doenças cardíacas. Programa da World Heart Federation, por exemplo, busca a redução de 25% em problemas do coração até 2025, a partir da redução em 25% dos níveis de hipertensão, queda de 30% do tabagismo, menos 10% de ingestão de álcool e menos 30% de sal. “A educação é chave para atingir esses objetivos”, insiste o dr. Álvaro Vezum.
Os desafios, porém, são grandes, analisa o dr. Weimar Sebba Barroso, da Universidade Federal de Goiás, também palestrante no Simpósio Internacional “Modern Management of Cardiovascular Disease”. Barroso cita a expectativa de envelhecimento da população para reforçar a importância de cuidar bem do coração desde a infância. “Até 2030, cerca de 20% da população brasileira terá mais de 65 anos de idade. Potencialmente, são mais 27 milhões de hipertensos e mais 4 milhões de possíveis ataques do coração. Quanto mais velhos, mais riscos temos de doenças do coração devido ao envelhecimento vascular”, afirma o especialista goiano.
Nesse cenário, o combate ao colesterol ruim (LDL) elevado é chave para o controle das doenças cardíacas. “Ele precisa ser tratado com seriedade”, reforça o dr. Marcelo Bertolammi, do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia. Entre as armas disponíveis pela medicina, as estatinas têm sido usadas com eficácia nesse controle. A pitavastatina, aliás, é a mais recente estatina a chegar ao mercado brasileiro. Segura, reduz em até 45% os níveis de LDL, não apresenta efeitos negativos em pacientes com diabetes e se mostra eficaz em pacientes com HDL baixo.
“Explosão do diabetes” – O diabetes também mereceu atenção especial nas discussões dos mais de 300 cardiologistas brasileiros e da América do Sul participantes do simpósio. O dr. José Francisco Kerr Saraiva destaca a importância da doença e, o mais preocupante, seu crescimento em ritmo acelerado.
Segundo o especialista da Unicamp, o diabetes já causa 250 mil mortes por ano na América do Sul. Além disso, 52% das mortes por diabetes estão associadas a doenças cardíacas. “O diabetes aumenta em até 4 vezes o risco de morte de quem tem cardiopatias”, complementa o dr. J.C. Kaski, do St. George Hospital, de Londres.
O aumento desenfreado do diabetes é comprovado pelo Vigitel, do Ministério da Saúde. Na última década, a prevalência da doença cresceu nada menos do que 61,8%, dobrando de percentual em pessoas a partir dos 45 anos de idade – tanto homens quanto mulheres.
Especialistas de nove países presentes – O Simpósio Internacional “Modern Management of Cardiovascular Disease”, da Fundação Internacional Menarini, contou com mais de 300 médicos, de diferentes nacionalidades. Destaque a renomados especialistas do Brasil, Inglaterra, Itália, França, Alemanha, Noruega, Austrália, Lituânia e Argentina.
“As doenças do coração matam duas vezes mais que o câncer”, acrescenta o dr. Celso Amodeo, especialista do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, de São Paulo. Amodeo foi o coordenador do Simpósio Internacional “Modern Management of Cardiovascular Disease”, realizado em São Paulo, de 18 a 20 de maio de 2017, com promoção da Fundação Internacional Menarini, da Itália. “Essa realidade é global. Um terço das mortes no mundo está relacionado às doenças do coração”, destaca Álvaro Avezum, diretor de pesquisas da mesma instituição.
Pressão arterial alta (hipertensão), excesso de gordura abdominal, colesterol ruim (LDL) elevado e tabagismo são reconhecidos pela comunidade médica global como os principais responsáveis pelo preocupante aumento das doenças cardiovasculares em todas as partes do planeta.
“Esses problemas da vida moderna são combatidos com medidas básicas, acessíveis a todas as pessoas, porém muitas vezes não levadas a sério, como alimentação saudável, práticas esportivas e controle do peso”, explica o dr. Alberto Zanchetti, da Itália, um dos maiores especialistas do mundo em hipertensão, que também participou do Simpósio, em São Paulo, organizado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, Sociedade Paulista de Cardiologia e St. George Hospital, de Londres.
Segundo dados do Vigitel, programa do Ministério da Saúde, a hipertensão aumentou 14,2% na última década e já atinge 25,7% da população brasileira. Também há, no país, 18,9% de obesos – cerca de 42 milhões de pessoas. De acordo com o levantamento oficial, a obesidade no Brasil duplica em pessoas a partir dos 25 anos de idade, explica o dr. José Francisco Kerr Saraiva, da Unicamp.
Há iniciativas no Brasil e em várias partes do mundo para incentivar a melhoria da qualidade de vida e, assim, contribuir para reduzir os dramáticos índices de aumento das doenças cardíacas. Programa da World Heart Federation, por exemplo, busca a redução de 25% em problemas do coração até 2025, a partir da redução em 25% dos níveis de hipertensão, queda de 30% do tabagismo, menos 10% de ingestão de álcool e menos 30% de sal. “A educação é chave para atingir esses objetivos”, insiste o dr. Álvaro Vezum.
Os desafios, porém, são grandes, analisa o dr. Weimar Sebba Barroso, da Universidade Federal de Goiás, também palestrante no Simpósio Internacional “Modern Management of Cardiovascular Disease”. Barroso cita a expectativa de envelhecimento da população para reforçar a importância de cuidar bem do coração desde a infância. “Até 2030, cerca de 20% da população brasileira terá mais de 65 anos de idade. Potencialmente, são mais 27 milhões de hipertensos e mais 4 milhões de possíveis ataques do coração. Quanto mais velhos, mais riscos temos de doenças do coração devido ao envelhecimento vascular”, afirma o especialista goiano.
Nesse cenário, o combate ao colesterol ruim (LDL) elevado é chave para o controle das doenças cardíacas. “Ele precisa ser tratado com seriedade”, reforça o dr. Marcelo Bertolammi, do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia. Entre as armas disponíveis pela medicina, as estatinas têm sido usadas com eficácia nesse controle. A pitavastatina, aliás, é a mais recente estatina a chegar ao mercado brasileiro. Segura, reduz em até 45% os níveis de LDL, não apresenta efeitos negativos em pacientes com diabetes e se mostra eficaz em pacientes com HDL baixo.
“Explosão do diabetes” – O diabetes também mereceu atenção especial nas discussões dos mais de 300 cardiologistas brasileiros e da América do Sul participantes do simpósio. O dr. José Francisco Kerr Saraiva destaca a importância da doença e, o mais preocupante, seu crescimento em ritmo acelerado.
Segundo o especialista da Unicamp, o diabetes já causa 250 mil mortes por ano na América do Sul. Além disso, 52% das mortes por diabetes estão associadas a doenças cardíacas. “O diabetes aumenta em até 4 vezes o risco de morte de quem tem cardiopatias”, complementa o dr. J.C. Kaski, do St. George Hospital, de Londres.
O aumento desenfreado do diabetes é comprovado pelo Vigitel, do Ministério da Saúde. Na última década, a prevalência da doença cresceu nada menos do que 61,8%, dobrando de percentual em pessoas a partir dos 45 anos de idade – tanto homens quanto mulheres.
Especialistas de nove países presentes – O Simpósio Internacional “Modern Management of Cardiovascular Disease”, da Fundação Internacional Menarini, contou com mais de 300 médicos, de diferentes nacionalidades. Destaque a renomados especialistas do Brasil, Inglaterra, Itália, França, Alemanha, Noruega, Austrália, Lituânia e Argentina.
“Eventos como esse representam uma fundamental ferramenta de atualização dos novos conceitos de prevenção das doenças do coração. Isso é extremamente positivo para o combate a essas enfermidades, que representam uma em cada três das mortes no país”, afirma S.C. Capelli, Vice-presidente Comercial da Biolab Farmacêutica, presente no evento.
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