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Dia da Liberdade de Impostos: brasileiros aderem a ação e tem até 80% em descontos

Ação quer chamar a atenção de todo o País sobre a alta taxa tributária incidida em produtos e serviços. Especialista fala sobre como a reforma tribitária pode contribuir para amenizar o cenário 

Hoje, 1 de junho, 11 Estados e o Distrito Federal aderiram ao Dia da Liberdade de Impostos, organizado pela Câmara de Dirigentes Lojistas Jovem (CDL Jovem). A ação visa “livrar” alguns produtos e serviços de impostos, o que significa oferecer descontos de até 80%.

A ação quer chamar a atenção de todo o País sobre a alta taxa tributária incidida em produtos e serviços. Segundo a CDL, o Brasil ocupa o sétimo lugar entre os países onde a população trabalha mais para pagar impostos, com uma média de 151 dias por ano. A Associação Comercial de São Paulo também divulgou, no final de maio, os números do impostômetro – montante desembolsado pelos brasileiros em pagamentos de tributos, que chegou a R$ 900 bilhões desde o início de 2017.

Minha sugestão é uma entrevista com o advogado tributário Thiago Paiva, da Brugnara Advogados, que pode falar sobre a iniciativa, o sistema e reforma tributária brasileira que deve ser votada no segundo semestre. O que acha?

Abaixo, um breve depoimento do especialista sobre o tema:
“O problema não é só pagar muitos impostos, mas a maneira equivocada que essa tributação é realizada. Afinal, 44% dos tributos estão inseridos em produtos e serviços, ou seja, no que consumimos. Com isso, tributa-se muito quem consome, ou seja, geralmente quem tem pouca renda e compra itens básicos como arroz, feijão, remédios, transporte público. Já em outros países, como, por exemplo, nos Estados Unidos, mais da metade da tributação (56%) está inserida na renda e na propriedade.

O brasileiro paga muitos impostos e o peso da tributação onera ainda mais em um momento de crise econômica, tanto para pessoa física quanto a jurídica, que focam, neste momento, em redução de gastos. No caso das empresas é fundamental ter planejamento tributário, para que não se pague nem a mais, nem a menos.

Outro grande problema no Brasil, histórico, é a má gestão e a corrupção. Assim, não temos nada em contrapartida, e o que temos, na verdade, são serviços públicos muito ruins, como nas áreas de Saúde e Educação.

A expectativa é a votação da reforma tributária, que deve ocorrer em agosto, se o cenário político ‘ajudar’. Com a reforma, a tributação sob o consumo ficaria por volta dos 30%, o que não seria ainda o ideal, mas já contribuiria com o cenário desfavorável atual”.

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