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Comércio exterior 4.0: Como utilizar a tecnologia para desburocratizar o setor


Israel Ferreira(*)

Diversos setores da economia têm experimentado um movimento de transformação cultural, que impacta diretamente na adoção de novas tecnologias para automatizar processos, agilizar respostas e entregas, personalizar o atendimento e oferecer uma melhor experiência ao cliente. Algumas mais, outras de forma mais discreta, todas as empresas tiveram que se movimentar para se adequarem a uma nova realidade e se manterem competitivas. O cenário não foi diferente para aquelas que atuam na cadeia do comércio exterior.

A pandemia acelerou a economia digital para que as empresas pudessem manter seus negócios, mesmo diante das incertezas. Quando as pessoas precisaram se isolar para se protegerem do vírus, a indústria se reinventou para trazer mais eficiência às operações de compra e venda no mercado internacional. O conceito de comércio exterior 4.0 é justamente desburocratizar, tornar os processos mais ágeis e eficientes, além de contribuir para a redução de custos.

Embora muitos associem a palavra inovação ao lançamento de soluções, ela está muito mais relacionada à forma como você soluciona os problemas do cliente. Se coloque no lugar dele, sinta a sua dor, pense em alternativas e ofereça o melhor. Participe da jornada, implemente melhorias, quando necessário, faça com que ele se sinta plenamente atendido. Se com o usuário final as respostas precisam ser rápidas, imagine no mercado B2B, que envolve um volume maior de cargas, mais documentação e um processo logístico mais complexo.

Nesse sentido, soluções tecnológicas podem contribuir para simplificar processos, aumentar a capacidade produtiva, ampliar as relações comerciais entre países, solucionar problemas, fidelizar clientes e conquistar novos mercados. Das mais simples às mais robustas, o objetivo é garantir que o transporte de uma determinada mercadoria percorra o trajeto do ponto A ao B em segurança, com o mínimo de burocracia.

Neste caminho rumo ao comércio exterior 4.0, as plataformas de assinatura digital permitiram reduzir de maneira significativa o tempo necessário para importar ou exportar um determinado produto. Imagine o tempo que se levava para imprimir um documento, assinar, ir ao cartório, reconhecer firma, enviar o documento às partes envolvidas, validar e realizar os pagamentos necessários. Outra conquista é o Portal Único criado pela Receita Federal em parceria com a Secretaria de Comércio Exterior, que tem o objetivo de reformular os processos de importação, exportação e trânsito aduaneiro. Com isso, é possível trazer mais fluidez ao cotidiano das empresas e aos procedimentos que cercam o comércio exterior brasileiro.

Os chatbots também ganham força nos canais de interação para que os clientes possam, a qualquer hora do dia, consultar dados referentes à sua carga ou esclarecer dúvidas. A tendência é que a Inteligência Artificial (IA) seja incorporada aos chatbots para que eles aprendam de maneira contínua e consigam entregar as informações que o cliente deseja. Além disso, os dados gerados durante as interações permitem que as marcas compreendam melhor as necessidades e comportamentos dos usuários, podendo auxiliá-los em toda a jornada. A IA veio para transformar a realidade das empresas que atuam na cadeia logística, trazendo mais eficiência, rapidez e competitividade ao mercado internacional.

(*) Israel Ferreira é coordenador da área de Technology Business da Asia Shipping, maior integradora logística da América Latina. Para saber mais sobre a Jornada de Tecnologia no Comércio Exterior 4.0 na Asia Shipping, clique aqui.

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