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Pesquisa em Reserva de Niquelândia (GO) registra seis cavernas e oito dolinas

Reserva da CBA apoia a continuidade de pesquisas científicas iniciadas em 2019, que contribuem para a conservação do território

Pesquisa “Qualidade dos Solos das Regiões Cársticas” é realizada em Reserva no Norte de Goiás. Crédito: Avelina Ribeiro.

O solo é um dos principais elementos que garantem a vida no planeta. Mais do que um meio para produzir alimentos, possui diversas outras funções, como armazenar, filtrar e escoar a água da chuva e da irrigação, estocar nutrientes para as plantas, além de contribuir para equilibrar a qualidade da água e do ar. Por isso, a conservação dos solos e, ao mesmo tempo, o seu correto manejo para possibilitar o uso agrícola, é essencial para a sobrevivência de todos os seres vivos.

Ciente da importância de conhecer os solos de seu território, o Legado Verdes do Cerrado, Reserva Particular de Desenvolvimento Sustentável de propriedade da CBA - Companhia Brasileira de Alumínio, comemora os resultados de uma pesquisa científica que já trouxe dados relevantes para o entendimento das características dos solos da região, e potencialidades de uso.

A pesquisa “Qualidade dos Solos das Regiões Cársticas”, desenvolvida por pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG), identificou na região seis cavernas e oito cavidades superficiais chamadas de dolinas. A doutora em Ciência do Solo, Renata Momoli, pesquisadora da UFG responsável por coordenar os trabalhos, diz que as cavernas exercem importante papel na conservação de reservatórios de água subterrâneos, chamados de aquíferos.

“Encontrados nas cavernas, esses reservatórios de água sustentam milhares de pessoas no mundo todo. As cavernas também concentram uma biodiversidade muito específica e endêmica em um ambiente onde a luz é restrita, além de guardarem vestígios arqueológicos e paleontológicos muito importantes”, destaca a pesquisadora da UFG.

Estudo é desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG). Crédito: Avelina Ribeiro.

Conservação do solo - A pesquisa “Qualidade dos Solos das Regiões Cársticas” teve início em janeiro de 2019 com o mapeamento da área a partir de sensoriamento remoto, imagens de satélite e geoprocessamento. Após análise desses primeiros dados, foram realizadas visitas no local, coleta de amostras de solo e seleção das áreas prioritárias para o estudo. Os pesquisadores estão realizando as análises laboratoriais, a interpretação dos resultados e iniciando a etapa de diagnóstico das condições locais, como os tipos, fertilidade e permeabilidade dos solos. A última fase será um prognóstico da área para indicar potencial de erosão e de produtividade agrícola.

Renata Momoli acrescenta que as informações levantadas revelam potencialidades e características do solo, inclusive em áreas de cavernas, que são fundamentais para a conservação da região de Cerrado. Com a elevada fragilidade evidenciada pela presença das dolinas, ou seja, instabilidade na superfície, é preciso ter atenção para o uso adequado do solo para evitar problemas advindos das condições naturais de relevo e clima.

“O entorno concentra muitas montanhas e morros altos e íngremes, chuvas intensas e solos pouco permeáveis. Essa associação de condições reflete em processos erosivos bastante intensos, que podem ser amplificados em função do uso e manejo do solo adotados para a agricultura. Portanto, é preciso planejar o uso da terra da melhor forma possível”, afirma a pesquisadora.

Resultados - Nas fases já realizadas, o estudo identificou a presença de diferentes tipos de solo com variações de cores – amarelados, amarronzados e avermelhados – e diferentes texturas – argilosos, arenosos, siltosos – além de misturas de partículas pequenas, médias e grandes. Outro resultado importante da pesquisa é o registro da variedade da profundidade do solo na Reserva.

“Nós temos desde solos muito rasos, com apenas 10 ou 15 centímetros acima da rocha e, em outros lugares, com mais de 2 metros de profundidade”, resume a pesquisadora da UFG. Quanto à atração magnética, existem localidades com atração muito forte e outras muito baixas. “O mais importante até aqui é que conseguimos identificar os diferentes tipos de solos da área e sabemos que existe a presença de Latossolos, Cambissolos, Plintossolos e também Neossolos Litólicos, que são algumas das classes definidas pelo Sistema Brasileiro de Classificação de Solos da Embrapa”, explica Renata Momoli.

A pesquisadora acrescenta que a partir da análise integrada da paisagem, contribui-se com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), somando esforços para as ações globais contra a mudança no clima e contribuindo para a manutenção da vida terrestre, o consumo e a produção responsáveis, e a disponibilidade de água potável e saneamento. “A partir dos estudos dos solos e de aspectos como vegetação, rochas, relevo e hidrologia, o planejamento do uso da terra pode ser elaborado e executado considerando as potencialidades e fragilidades dessa área tão biodiversa e importante como o Legado Verdes do Cerrado”, finaliza Renata Momoli.

Sobre o Legado Verdes do Cerrado

O Legado Verdes do Cerrado, com aproximadamente 80% da área composta por cerrado nativo, é uma área de 32 mil hectares da CBA - Companhia Brasileira de Alumínio, uma das empresas investidas no portfólio da Votorantim S.A. A cerca de três horas de Brasília, é composta por dois núcleos. No núcleo Engenho, nascem três rios: Peixe, São Bento e Traíras, de onde é captada toda a água para o abastecimento público de Niquelândia/GO. Nele está a sede do Legado Verdes do Cerrado onde, em 23 mil hectares, são realizadas pesquisas científicas, ações de educação ambiental e atividades da nova economia, como produção de plantas e reflorestamento; enquanto 5 mil hectares são áreas dedicadas à pecuária, produção de soja e silvicultura. O núcleo Santo Antônio Serra Negra, com 5 mil hectares, mantém o cerrado nativo intocado e tem parte de sua área margeada pelo Lago da Serra da Mesa.

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Sobre a CBA

Desde 1955, a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) produz alumínio de alta qualidade de forma integrada e sustentável. Com capacidade instalada para produzir 100% de energia vinda de hidroelétricas próprias, a CBA minera a bauxita, transforma em alumínio primário (lingotes, tarugos, vergalhões e placas) e produtos transformados (chapas, bobinas, folhas e perfis). Em estreita parceria com seus clientes, a CBA desenvolve soluções e serviços para os mercados de embalagens e de transportes, conferindo mais leveza, durabilidade e uma vida melhor.

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