Diversidade nas empresas vai além do discurso
Companhias têm que criar ambiente livre de preconceitos e acolhedor para todos
Em um mundo
cada vez mais pautado pelo respeito à diversidade e inclusão social, o
consumidor está mais atento às práticas das empresas e não hesita em escolher
aquelas que aderem às práticas ESG (Governança Ambiental, Social e Corporativa)
e têm políticas claras de equidade. A percepção, que levou muitas companhias a
reformularem seus processos, é atestada em números. Pesquisa Global de
Diversidade e Inclusão feita pela PwC Brasil revelou que 76% das empresas
participantes disseram que os programas de diversidade e inclusão (D&I) são
prioridade.
O psicólogo e especialista em RH Alexandre
Garrett explica que ser uma empresa que pratica a diversidade
vai além do discurso e do estabelecimento de cotas. “É fundamental criar nas empresas um
ambiente livre de preconceitos, acolhedor para todos em suas diferenças, e que
valorize efetivamente os profissionais”, diz.
A diversidade
no mundo corporativo virou uma demanda urgente principalmente após a pandemia,
quando o desemprego atingiu em cheio mulheres, negros e pessoas LGBTQIA+. “O mundo corporativo entendeu a urgência
em dar espaço a grupos politicamente minoritários, mas é imprescindível dar
espaço e voz a todos. Todos precisam se sentir representados também nos quadros
de liderança”, completa o especialista.
Segundo
Garrett, ao mesmo tempo em que a pandemia retardou o processo de adesão das
empresas a ações de diversidade, escancarou a necessidade de melhorar a
produtividade e de criar um ambiente de trabalho mais saudável. “À medida que crescem o estresse e a
ansiedade, as empresas foram desafiadas a atender a necessidades diferentes.
Elas precisam, cada vez mais, cuidar de seus funcionários e oferecer a eles um
ambiente de trabalho mais acolhedor, porque depois de tanto tempo em home
office, certas práticas como assédio moral e cobranças excessivas não serão
mais aceitas”, comenta Garrett.
O especialista em
Gestão de Pessoas explica que um ambiente corporativo humanizado passa,
necessariamente, pela diversidade, sustentabilidade e promoção da justiça
social. “Todas essas
práticas vão além de fidelizar o consumidor e atrair investimentos. Elas têm o
poder de melhorar a produtividade nas empresas. E isso está revolucionando os
setores de Recursos Humanos Brasil afora”, afirma
Garrett conta
que a queda na produtividade sentida nas empresas durante a pandemia reforça a
necessidade de criar soluções alternativas para motivar os trabalhadores. E é
aqui que a política de diversidade se faz necessária. “Pessoas diferentes ampliam as visões de
um grupo sobre problemas e desafios a serem enfrentados, e isso estimula a
criatividade. Quando essas diferenças são somadas, as empresas ganham em
criatividade e produtividade”, completa.
Comunicação
e educação
Parte
fundamental para implementar uma política de diversidade nas empresas é
investir em educação. “As
pessoas crescem cercadas pelo preconceito. Mudar a realidade requer um trabalho
profundo de educação e desconstrução. O trabalho dos psicólogos nesse processo
é fundamental para gerenciar conflitos”, comenta Garrett.
A comunicação
tem papel relevante nesse processo, conta o especialista. Programas de
diversidade adotados pela empresa precisam ser claros e ocupar a agenda
estratégica. “Ampliar
canais de comunicação para esclarecer dúvidas é um passo fundamental. A empresa
tem que fornecer as informações necessárias para quebrar esses paradigmas e
apresentar informações que reforcem a necessidade da inclusão social. A
informação é fundamental para mudar o comportamento das pessoas”,
completa Garrett.
Dicas e Vagas
No Portal do Garrett (portaldogarrett.com.br),
o especialista dá mais informações sobre a diversidade no ambiente de trabalho,
traz entrevistas com especialistas e disponibiliza uma seção com vagas de
trabalho.
Alexandre Garrett é psicólogo especializado em
Crises e Emergências e especialista em RH Divulgação |
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