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"Espionagem digital sempre existiu e continuará existindo", diz especialista

Thiago Bordini, professor do IDESP, alerta que softwares como Pegasus coloca a privacidade de pessoas e empresas em risco

Recentemente, jornalistas, políticos, ativistas de direitos humanos e executivos foram alvos de espionagem por conta de um aplicativo de celular - Pegasus. Segundo uma investigação internacional, o número de alvos passa de 50 mil, espalhados em mais de 45 países. Os aplicativos e ferramentas de espionagem, por sua própria natureza, se escondem dentro dos dispositivos e não podem ser facilmente encontrados.

Para o professor coordenador da pós-graduação em Cyber Threat Intelligence no Instituto Daryus de Ensino Superior Paulista (IDESP), Thiago Bordini, essa prática não é novidade. “Em 2013, tivemos o caso de espionagem dos EUA que monitoravam atividades de outros países e de seus líderes. Essas ferramentas são usadas para monitorar funcionários e também para investigações da força da lei. Portanto, vale ressaltar que sempre existirá técnicas de coletas de informações, sejam elas para práticas legais ou ilegais”.

Mesmo que o alvo principal não seja pessoas físicas, todo o cuidado é necessário. Além do Pegasus, existem outros softwares e aplicativos de invasão e espionagem. Muitas vezes, eles são instalados remotamente no aparelho celular, por meio de uma mensagem ou link malicioso.

“Uma dica é bloquear todas as opções de instalação de software. Permita apenas as de fontes confiáveis, como das lojas oficiais dos aplicativos”, explica Bordini. “Fique atento também as permissões que o software solicita. Muitos pedem autorização para acessar a sua geolocalização, mensagens, contatos e senhas, permita apenas o necessário e sempre desative quando não for usar novamente”, complementa.

Além disso, o professor recomenda a desativação do bluetooth e wi-fi, quando eles não estão sendo utilizados.

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