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Mosca-dos-chifres: um milimétrico parasita capaz de reduzir as arrobas do rebanho

Por Humberto Moura, médico veterinário e gerente de produtos de animais de produção da Vetoquinol Saúde Animal.

Foto/Juliana Amorim Unsplash

O peso de bovinos ao abate tem aumentado gradativamente ao longo dos anos, como mostra a Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas. No primeiro trimestre de 2001, havia uma média 16 arrobas de carcaça por animal, total que saltou para 18 arrobas no último trimestre de 2020. Esse aumento representa ganhos para o pecuarista, e também significa que ele deve manter a atenção a saúde e bem-estar de seus animais para evoluir ainda mais.

Grande parte dos 215 milhões de bovinos do Brasil sofrem com fatores de estresse que prejudicam seu desempenho zootécnico. Um dos principais desafios enfrentados nas fazendas de todo o país é a mosca Haematobia irritans – nome científico da temida mosca-dos-chifres –, que causa R$ 1,6 bilhão por ano em prejuízos aos pecuaristas, segundo pesquisas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Pequenina, uma única mosca – que é hematófaga, ou seja, suga o sangue dos animais – pode causa mais de quarenta dolorosas picadas por dia, gerando desconforto. Essa situação deixa o rebanho bastante irritado, o que promove uma interferência negativa em sua produtividade. No gado de corte, as perdas são estimadas em até 40 quilos de peso vivo por animal, o que consequentemente resulta na diminuição da carcaça em arrobas, além de desvalorizar o couro.

E o problema não se resume à pecuária de corte. Também a produção leiteira pode sofrer um forte impacto, com a mosca-dos-chifres causando uma quebra de até 20% no resultado da ordenha. Para se ter um exemplo, com base na produção leiteira atual do país, que segundo o IBGE é de 34,9 bilhões de litros de leite, uma infestação generalizada dos insetos poderia causar a perda de mais de 6 bilhões de litros por ano, prejuízo equivalente a mais R$ 10 bilhões.

A Haematobia irritans tem um ciclo de parasitismo de 3 a 7 semanas, com capacidade de voo de até 25 quilômetros. Além disso, esses hematófagos fazem a deposição de ovos sobre fezes frescas, que em média são 300 ovos por postura. Esses fatores auxiliam para que o inseto – que mede entre 2 e 4 milímetros – esteja disseminado por todas as regiões brasileiras, mesmo naqueles estados em que não há uma pecuária tão intensiva.

Uma importante solução para esse problema tem sido a aplicação de brincos mosquicidas na parte central do pavilhão auricular dos animais. Esta é uma aposta da Vetoquinol Saúde Animal. Uma das 10 maiores indústrias veterinárias do mundo, a empresa pesquisou e desenvolveu uma tecnologia de ponta e alta eficiência, associando de forma exclusiva os princípios ativos fipronil e diazinon. A combinação oferece proteção por até 210 dias.

Esses recursos de eficácia comprovada contra a mosca-dos-chifres estão presentes no brinco Fiprotag 210, disponível na maioria revendas e cooperativas agropecuárias do país, oferecendo ainda carência zero para abate e leite. Com isso, o pecuarista não perde tempo nem dinheiro no combate aos parasitas que são ponto de atenção em todas as fazendas brasileiras. Soluções como essa reestabelecem o bem-estar do rebanho e abrem as portas para melhores produtividades com lucratividade.

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