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O poder da tecnologia no suporte aos tratamentos terapêuticos

Por Natália Cabrini

A busca pela segurança dos pacientes e a garantia da efetividade clínica durante o tratamento médico são pautas que crescem a cada dia nas instituições de saúde. Esta preocupação pode ser evidenciada pelos números referentes a eventos adversos identificados em pacientes do sistema de saúde, seja público ou privado. De acordo com a pesquisa mais recente do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar da Universidade Federal de Minas Gerais (IESS-UFMG), somente em 2016, mais de 302 mil brasileiros faleceram em decorrência destas adversidades em hospitais do País.

Estes eventos ocorrem por inúmeros motivos, desde falhas na dosagem ou aplicação de medicamentos, uso incorreto de equipamentos, infecção hospitalar e, até mesmo, na maneira como o paciente conduz o tratamento indicado pelo médico. É importante entender que isto não quer dizer que seja, necessariamente, um erro, mas, sim, uma ocorrência que poderia, na maior parte das vezes, ter sido evitada.

 Dentro deste cenário, as principais preocupações dos profissionais do ecossistema da saúde estão relacionadas às tomadas de decisões terapêuticas, às prescrições de medicamentos e ao alinhamento das informações. Diante deste quadro, qual a melhor forma para que as instituições consigam virar esta página e avançar em direção a uma maior segurança e qualidade no cuidado ao paciente? 

A tecnologia como fator decisivo nas tomadas de decisões terapêuticas

O intuito de qualquer instituição hospitalar é reduzir ao mínimo os danos causados a pacientes por meio de eventos adversos. Para que isto seja possível, os principais aliados dos profissionais de saúde são os recursos e ferramentas tecnológicas de suporte à decisão clínica e terapêutica.

Estas soluções baseadas em evidências são responsáveis por reduzir os erros de prescrições de medicamentos, aumentar a segurança do paciente, bem como prover informações mais completas e atualizadas, não apenas para médicos e farmacêuticos, mas para toda equipe multidisciplinar do setor de saúde.

Com a inclusão destas plataformas na rotina das instituições, os profissionais da área passam a ter acesso a uma série de soluções que agregam conteúdo relevante no suporte às decisões. Este tipo de ferramenta traz conteúdos mais diversos, como informações a respeito de dose, indicação de uso, interações medicamentosas, toxicologia, comparações entre medicamentos, bem como considerações sobre gravidez e lactação. Informações cruciais e que dão suporte ao profissional na escolha da terapia mais adequada para cada paciente, garantem mais eficácia no tratamento e, consequentemente, queda nos erros de prescrição e administração medicamentosa.

Impacto econômico das tecnologias de suporte à decisão terapêutica

Além dos desfechos negativos em decorrência dos eventos adversos, a pesquisa da IESS-UFMG aponta, também, o impacto econômico causado por estes eventos. Segundo o documento, mais de R$ 10 bilhões foram consumidos pelos eventos adversos, no ano de 2016, somente na saúde suplementar brasileira. Neste contexto, decisões mais assertivas e tratamentos adequados e baseados em evidências clínicas poderiam garantir um destino mais adequado a estes recursos.

Desta forma, podemos compreender que sem o auxílio efetivo de tecnologias e ferramentas de suporte à decisão, estes números se manterão longe do cenário ideal. Portanto, quanto mais aderente à tecnologia e alinhada à medicina baseada em evidências a instituição estiver, mais precisas serão as decisões clínicas, menores serão os custos e mais seguro será o tratamento, aprimorando a qualidade no cuidado de cada paciente.

Natália Cabrini é Diretora de Estratégias de Mercado da Wolters Kluwer, Health na América Latina.

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