Shelf Life: quanto tempo pode durar um dado?
Thoran Rodrigues |
- Com qual periodicidade os dados de uma base de
informações precisam ser atualizados?
- Quais as
consequências de decisões pautadas em dados desatualizados?
Rio de Janeiro, 02 de julho de 2021 -
De acordo com Thoran Rodrigues, especialista em dados e CEO da BigDataCorp., plataforma que opera um dos maiores processos de coleta e estruturação de dados do mundo, são vários os pontos que influenciam a vida útil de um dado.
Ele explica que, além da vida útil implícita da informação, a maleabilidade dos dados - que possibilita que uma mesma informação seja utilizada em diferentes situações e de diferentes formas - traz mais relevância para as tomadas de decisão, mas também altera esse prazo de expiração. “Informações de identificação pessoal, como o nome ou a data de nascimento de uma pessoa, dificilmente mudam com o tempo e, uma vez coletadas, podem ser armazenadas indefinidamente, sem grandes preocupações”, explica o especialista. “Já os dados referentes a relações de trabalho ou à pontuação de crédito são menos estáveis e precisam de constante atualização”, acrescenta. Essa é a validade implícita dos dados.
Se a intenção for usar esses dados para anúncios e promoções locais, seu prazo de validade será quase que instantâneo. Na hora que a pessoa for para outro lugar, os dados não servem mais. “Por outro lado, os mesmos dados, compilados e avaliados ao longo do tempo, podem revelar padrões de deslocamento e outras informações que podem ser relevantes para entender se a pessoa dirige por regiões perigosas, impactando seu risco para uma seguradora”, analisa o CEO.
Um exemplo atual que impacta nos dados de cada indivíduo: a mudança do contexto do casamento em si
O próprio conceito do “gênero” se alterou para incluir opções não-binárias, abrindo a possibilidade de indivíduos cadastrarem múltiplos nomes (nomes sociais) sob seus CPFs. Assumir o gênero de um indivíduo com base no nome, ou até mesmo processos tradicionais de validação de identidade, não podem mais ser baseados nas categorizações tradicionais, cujo prazo de validade já expirou.
Ignorar esse princípio pode trazer consequências importantes, tanto para quem consome esses dados ou produtos, como para quem os fornece. Segundo o especialista, dados irrelevantes e desatualizados podem levar não apenas à tomada de decisões abaixo do ideal, mas acabar com a reputação de uma empresa diante do mercado ou, ainda, trazer problemas jurídicos. “Dados em excesso e desatualizados geralmente demonstram um certo descaso da empresa, tanto com o tratamento como com a proteção desses dados, preparando um prato cheio para fraudes e invasões”, conclui o especialista.
Para dominar esse conceito de shelf life e extrair o máximo de valor desse tipo de ativo, as empresas precisam mudar a forma como entendem e enxergam a evolução dos dados ao longo do tempo.
Sobre a BigDataCorp
A BigDataCorp é a plataforma de dados da era digital. Líder
no Brasil e na América Latina, opera um dos maiores processos de coleta e
estruturação de dados do mundo, capturando informações públicas de mais de 1,5
bilhões de fontes globais. São mais de 100 petabytes de informação tratadas
diariamente para atender empresas de todos os segmentos e portes. Para auxiliar
nas mais diferentes demandas, os dados capturados dão origem a três diferentes
produtos: o BigBoost, API de consulta de dados de pessoas, empresas e produtos;
o BigID, um serviço completo de validação de identidade e prevenção à fraude; e
o BigMarket, uma plataforma para estudos de mercado através de dados
alternativos. A BigDataCorp é brasileira, foi fundada em 2013 e possui
escritórios no Rio de Janeiro, onde está localizada sua sede, e em São Paulo.
Conheça mais sobre a empresa acessando www.bigdatacorp.com.br.
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