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A corrida espacial dos bilionários: o que está por trás disso

(*) Dayse Mendes

Divulgação
Zapeando pelas minhas redes sociais encontrei a seguinte pergunta: se vocês fossem bilionários e pudessem usufruir de tudo o que a vida pode oferecer, vocês arriscariam suas vidas e U$ 28 milhões para viajar ao espaço e, se tudo der certo, retornar ao nosso planeta? 

Muitas das respostas eram um retumbante NÃO. As pessoas diziam que a Terra é melhor, que há muito para ser visto por aqui, que com esse dinheiro seria possível ajudar pessoas, que há muito risco envolvido, que isso é coisa de maluco, entre outras respostas. Mas havia uma quantidade significativa de pessoas que responderam que essa, pelo menos por enquanto, seria uma experiência única e, portanto, importante de ser vivida. Eu entre elas.

Nasci no final dos anos 1960 e, assim, convivi com Jornada nas Estrelas e Perdidos no Espaço na telinha da TV de casa. Tive um álbum de figurinhas com a chegada do homem à lua. Quis ser astronauta, mas a vida me levou por outros caminhos. Assim como eu, há outras pessoas ansiosas para ver se a Terra é azul mesmo, lá do lado de fora. 

Homens de negócios, como Jeff Bezos (fundador da Amazon) e Richard Branson (fundador da Virgin Galactic, uma empresa de aeronáutica), perceberam que esse lá fora é uma grande oportunidade comercial a ser explorada. A partir dos desenvolvimentos tecnológicos da Space X de Elon Musk, uma nova forma de observar o espaço surgiu, uma que considera o espaço como um ambiente de inovação tecnológica, mas também de inovação em termos de estratégias empresariais. 

A SpaceX é uma empresa que projeta, fabrica e lança foguetes e espaçonaves avançadas e tem como missão permitir que as pessoas vivam em outros planetas. Elon Musk criou a única empresa privada que atua, no momento, no desenvolvimento de veículos espaciais que serão capazes de transportar carga e humanos para Marte e outros destinos do sistema solar. 

Ao abrir a porta para essa nova forma de negócios, Elon Musk puxa uma fila de empreendimentos possíveis no “infinito e além”. Se engana quem pensa que Bezos e Branson foram apenas passear no espaço, passeios esses amplamente cobertos pela mídia, porque tem dinheiro para tanto ou para brigarem sobre quem foi o primeiro a chegar realmente ao espaço. Esses criativos e bilionários empresários observaram o nicho que Musk desbravou. E querem sua fatia desse espaço, digo, mercado. Afinal, quem não gostaria de ser trilionário ao invés de somente bilionário?!

(*) Dayse Mendes é Mestre em Administração, Engenheira Mecânica e Professora do curso de Engenharia de Produção da UNINTER

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