Anúncios no YouTube: Segundos que tem tirado muita gente do sério
Numa sociedade ansiosa a nível de desequilíbrio, os anúncios no YouTube tornam-se um tormento e os anunciantes perdem ao invés de ganharem, revela neurocientista.
Créditos - Foto: Divulgação / MF Press Global
Maior plataforma de vídeos do mundo, o YouTube já se
tornou uma ferramenta do cotidiano de muita gente. Seja por diversão ou por
questões profissionais, o fato é que as pessoas acessam o site em busca de um
vídeo em específico e já não suportam mais as propagandas.
Uma das maneiras encontradas para monetizar o conteúdo
(ganhar dinheiro), encontrada pelo Google foi colocar anúncios antes dos
vídeos. O resultado disso é um hábito que se tornou comum: As pessoas esperam
até os cinco segundos ou até mais, exigidos pela página para clicar e
"pular" aquela propaganda e já assistir aquilo que lhe interessa.
Diante deste cenário tão comum, a pergunta que fica é: Até que ponto vale a
pena anunciar no YouTube?
Segundo o PhD, neurocientista e proprietário de uma
empresa de assessoria e marketing Fabiano de Abreu, “as pessoas não focam no
anúncio. Elas esperam o tempo passar para pular logo o anúncio e criam raiva
pois acionam aquele vídeo na curiosidade vinculado a ansiedade de logo vê-lo.
Então aquele anúncio aparece na frente motivando uma emoção negativa”, revela.
E este sentimento pode se reverter de forma contrária a
quem avaliou que seria uma boa oportunidade de fazer negócio: “Esse sentimento
negativo pode ser depositado na própria marca que está anunciando, fazendo o
usuário passar a ter raiva daquela marca que anunciou naquele momento,
prejudicando seu interesse comercial”.
Um detalhe que pode até afetar a qualificação daquele
vídeo que não tem nada a ver com a publicidade que foi inserida, observa
Fabiano: “Inclusive muitos dislikes do vídeo não é do vídeo em si, mas sim do
anúncio que as pessoas com raiva não têm onde colocar e coloca essa
desaprovação no vídeo da pessoa de forma impulsiva com a raiva do anúncio. Em
uma sociedade em que as pessoas estão extremamente ansiosas, isso mostra mais
uma vez esse descontrole”, lamenta o neurocientista.
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