Câncer de Mama: busca do diagnóstico precoce para multiplicar as chances de cura
A mamografia é o melhor exame de rastreamento precoce para detecção da doença
Com a pandemia, além da postergação dos exames de rotina, outro fator de risco bate à porta de muitas mulheres. Em 2020, pesquisa da Vigitel, mostrou que os brasileiros atingiram o maior índice de obesidade dos últimos treze anos. E o resultado é ainda pior para o público feminino, que apresentou crescimento de 40% nos índices de obesidade no período.
A obesidade é um fator importante para o desenvolvimento de alguns tipos de cânceres, notadamente o de mama. O aumento do Índice de Massa Muscular (IMC) pode multiplicar os riscos da doença. O câncer de mama, que atinge mais de 50 mil novos casos por ano no Brasil, é o segundo tipo mais frequente no mundo.
A médica Rosângela Maria Trovo Hidalgo, especialista em ginecologia e obstetrícia, e em radiologia com subespecialidade em radiologia mamária da CEDIP, explica que quanto maior o número de células de gordura no corpo, maior será o volume de estrogênio, hormônio que serve de “alimento” para as células cancerígenas. “No tecido adiposo existe uma enzima chamada aromatase. Resumidamente, ela faz aumentar o nível de estrogênio no corpo, o que é um fator de risco para o câncer de mama. Quanto mais tecido adiposo, mais hormônio”, cita.
O grupo de risco inclui também fatores como mulheres acima dos 50 anos, histórico familiar e reposição hormonal com estrogênio e progesterona por longos períodos nas mulheres menopausadas.
A especialista explica que no caso de histórico da doença de 1º grau (pai, mãe, irmão ou irmã), é importante a avaliação com um médico especialista para saber quando os exames de prevenção devem ser iniciados.
Dra. Rosangela reforça a necessidade de atividades físicas regulares, alimentação equilibrada, avaliações com um especialista e realizar a mamografia anualmente após os 40 anos como prevenção e diagnóstico precoce da doença.
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