Colaboradores estão dispostos a trocar de emprego para manter o trabalho remoto
Pesquisa da Robert Half aponta que 63,8% dos entrevistados gostariam de trabalhar mais dias da semana em casa que no escritório
São Paulo, agosto de 2021 – A pandemia de covid-19 trouxe consigo o
distanciamento social e a necessidade de novas formas de trabalho. Dezessete
meses após a adoção forçada do trabalho remoto pela maioria das empresas no
País, o retorno ao escritório torna-se uma realidade cada vez mais
próxima, e é um tema que impacta diretamente na retenção e contratação de
talentos. É o que demonstra uma pesquisa da Robert Half, que entrevistou 358
pessoas entre 29 de junho e 19 de julho, considerando trabalhadores e
desempregados que buscam recolocação.
A pesquisa revelou uma tendência de
opção pelo trabalho híbrido na volta ao ambiente corporativo, decisão tomada
com clareza, em especial, pelas mulheres. Quando perguntadas se buscariam uma
nova oportunidade, caso a empresa onde trabalhem atualmente decidisse não
oferecer uma opção 100% ou parcialmente remota, as mulheres se mostraram mais
determinadas a mudar de emprego. Entre elas, quatro em cada dez (44,1%)
informaram que optariam por uma nova oportunidade que oferecesse um modelo de
trabalho remoto. Entre os homens, esse percentual é de 31,4%.
De modo geral, quando perguntados sobre
como gostariam que fosse o modelo de trabalho adotado pela empresa após a
pandemia, 63,8% dos entrevistados declararam que, ao longo da semana, gostariam
de trabalhar mais vezes em casa que no escritório. Já 16,7% preferem inverter a
frequência, e trabalhar mais vezes no escritório que em domicílio.
“Antes da pandemia, a percepção geral
dos colaboradores era de que o home office era um benefício oferecido pelas
empresas, um diferencial de contratação. O que a pesquisa nos mostrou é que,
hoje, o colaborador tem consciência de que está diante de um novo modelo de
trabalho, disposto a mantê-lo e conciliá-lo com sua nova rotina”, afirma
Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul.
Mantovani destaca que 76,5% dos profissionais, após vivenciar o trabalho remoto
por mais de um ano, passaram a considerar o home office um novo modo de
trabalho.
A pesquisa ainda demonstra que as
empresas estão atentas ao desejo dos colaboradores, embora muitas ainda não
tenham um plano de retorno totalmente definido. Segundo os entrevistados, mais
da metade das empresas (58,1%) ainda não definiu como será o modelo de trabalho
após a pandemia. Entre aquelas que já anunciaram a decisão, no entanto, o
modelo híbrido é o mais adotado (65,4%).
Entre as empresas que optaram pelo
modelo híbrido, 46% definiram um esquema mais rígido de comparecimento,
em que os funcionários trabalham alguns dias no escritório e outros em casa.
Apenas 19,4% oferecem um modelo totalmente flexível, no qual o colaborador opta
pelo trabalho remoto ou no escritório, sem dias definidos. Também é alto o
índice de retorno total ao escritório, indicado por 21,4% dos
participantes.
“Fica clara, ao longo da pesquisa, a
necessidade de diálogo entre empregadores e colaboradores para definir como
criar a melhor experiência de trabalho daqui para frente. Cada pessoa se
relaciona com o trabalho remoto de uma maneira muito particular, e a melhor
forma de lidar com essas peculiaridades é por meio do diálogo aberto e da
inclusão do colaborador nessa decisão de retorno”, conclui Mantovani.
Sobre a Robert Half
É a primeira e maior empresa de
recrutamento especializado no mundo. Fundada em 1948, a empresa opera no Brasil
selecionando profissionais temporários e permanentes nas áreas de finanças,
contabilidade, mercado financeiro, seguros, engenharia, tecnologia, jurídico,
recursos humanos, marketing e vendas e cargos de alta gestão.
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