Como incluir PMEs no mercado a partir da análise de crédito?
Luisa Cherobim, Head de Analytics e Data
Insights da TransUnion Brasil Divulgação |
Por
Luisa Cherobim*
Vamos pensar em um cenário: uma
personagem que chamaremos de Bruna nos leva a conhecer uma jornada em que
grandes corporações conseguem melhorar a análise de empresas de pequeno porte e
com pouco histórico de mercado, mas que buscam por linhas de crédito, seguros e
consumo.
Bruna acabou de assumir o cargo de
gerente de risco de crédito em uma grande empresa. Por causa da pandemia, eles
perderam vários contratos recorrentes e buscam novas oportunidades de receita.
Se, por um lado, a pandemia trouxe
perdas, por outro, não é segredo para ninguém que gerou grandes oportunidades
de negócios com as empresas conhecidas como PMEs (Pequenas e Médias Empresas).
De acordo com um levantamento feito pelo Sebrae, em 2020, foram registradas 4
milhões de novas micro e pequenas empresas no Brasil. E, mesmo em meio ao
agravamento da pandemia, mais de 1 milhão de empresas do mesmo porte foram
abertas entre janeiro e abril deste ano. Isso demonstra um aquecimento no
mercado das pequenas empresas no País.
Atenta a atual realidade e ao fato de
que as pequenas empresas são clientes que utilizam, principalmente, produtos de
prateleira e têm um tipo de venda que permite uma capilarização exponencial, a
empresa de Bruna criou diversos produtos para este público. No entanto, a nova
gerente de risco de crédito está enfrentando um dilema: a análise de crédito de
micro e pequenas empresas - seja no processo de onboarding, subscrição ou
gestão - é mais desafiadora.
Muitos destes estabelecimentos não têm
um histórico de crédito relevante ou informações suficientes para a tomada de
decisão. Além disso, só informações sobre a Pessoa Jurídica em si não são
suficientes, uma vez que, nestes casos, é extremamente comum que “o bolso dos
donos” se confunda com “o bolso da empresa.” Por conta destes obstáculos, os
dados tradicionais de bureau não atendem à necessidade de Bruna.
Por isso é importante realizar a
avaliação de risco de pessoas jurídicas, principalmente de micro, pequenas e
médias empresas. O mercado já possui soluções focadas em análise de dados da
empresa que indicam a adesão ao Sistema de Recolhimento em Valores Fixos
Mensais dos Tributos Abrangidos pelo Simples Nacional (Simei); o valor do
faturamento presumido; atividade no mercado; características da localização do
negócio, informações comportamentais e do quadro social. Além disso, este tipo
de solução traz informações abrangentes que permitem ao avaliador analisar se
os sócios têm experiência no ramo no qual atuam, há quanto tempo estão na
empresa, o histórico comportamental de crédito de cada um deles, dentre uma
ampla variedade de outros fatores. Por fim, ainda ajuda a mapear os possíveis
riscos adjacentes que podem influenciar na continuidade dos negócios.
Com isso, grandes corporações conseguem
explorar o potencial mercado das pequenas empresas com mais segurança e
conhecimento, melhorando seus negócios e auxiliando na mitigação de possíveis
riscos. Novas oportunidades de crescimento poderão ser abertas para as pequenas
empresas brasileiras. O resultado é o auxílio na geração de um círculo virtuoso
de oportunidades e inclusão para empresas de diferentes portes e segmentos,
impactando positivamente a economia brasileira.
*Luisa Cherobim é Head de Analytics e Data Insights da
TransUnion Brasil, companhia global de soluções de informação e insights de
dados.
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