Eugênio Montale volta às aulas seguindo protocolo sanitário
Medidas foram elaboradas pela equipe de infectologistas do HCFMUSP
Ela acrescenta que há um aproveitamento de todas as salas maiores para colocar o número de carteiras suficientes, como se a integralidade de cada grupo voltasse. “Temos um contato estreito com as famílias dos nossos alunos, e a confiança dessas famílias na rigidez com que seguimos o protocolo e no número muito baixo de infectados desde o retorno parcial em novembro do ano passado, fez com que a grande maioria optasse pela volta presencial”.
Para Vanessa, o desafio de manter a oferta formativa, sem prejuízo de conteúdo ou de número de aulas, na mesma quantidade para quem vem presencial e para quem fica exclusivamente on-line foi bastante intenso. “O trabalho nesse sentido foi multiplicado. A equipe gestora e os professores, verdadeiros heróis e heroínas, fizeram “do limão uma limonada”. Hoje o maior desafio é na “ressocialização” dos alunos, na reintegração dos grupos que ficaram afastados fisicamente e emocionalmente de seus amigos, num período de muito medo e ansiedade coletiva. Antes de focarmos nos conteúdos e habilidades, vamos reestabelecer os vínculos afetivos entre alunos e professores. Grupos que têm esse vínculo, a união e o prazer de conviver com os pares, interagem e aprendem muito mais”.
A diretora ressalta que, no primeiro semestre, a Scuola Montale priorizou o retorno presencial para alunos da Infância e Primária, por questões de pouca adaptação dos mais novos ao ensino on-line, e pela menor autonomia dos alunos em fase de alfabetização. “Dentro dos 35% de alunos permitidos na escola, estes eram desses dois segmentos. Para os alunos do Ensino Fundamental II e Médio, a oferta formativa continuou exclusivamente on-line”.
De acordo com Vanessa, o número de famílias que ao longo do primeiro semestre foram optando pela volta presencial só aumentou devido á vacinação antecipada dos professores e profissionais da educação. “Todos que puderam optar pelo retorno presencial assim o fizeram. Sem dúvida a vacinação trouxe maior serenidade para optar pela volta”.
A diretora conta que foram poucos casos de covid na escola, bem pontuais em cada grupo. “Tivemos apenas um surto, com mais de dois casos, na Infância, ainda no final do ano passado, demonstrando assim que, estatisticamente, a escola é um lugar seguro”.
Vanessa explica que tanto a confiança no protocolo e no cumprimento dele, quanto a vacinação para todos os profissionais da educação, a comunicação constante e transparente entre escola e famílias, a responsabilidade coletiva pela segurança das crianças, o baixo número de contaminados, a manutenção do distanciamento e das “bolhas”, o uso dos equipamentos adequados para a preservação da higiene pessoal e dos locais de uso coletivo, foi aumentando a confiança dos pais no retorno presencial. “Para agosto, somente as famílias que possuem algum impedimento médico, permanecerão on-line”, finaliza.
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