Evolução do Open Banking deve beneficiar setor de fomento mercantil
Avaliação é do presidente do Sindisfac-MG, Roberto Ribeiro; segunda fase do Sistema Financeiro Aberto começa nesta sexta-feira, 13
Roberto Ribeiro, presidente do Sindsfac-MG e sócio-diretor da Simples Antecipação de Recebíveis/Crédito Léo Guedes |
O
Open Banking, novo sistema que acompanha a transformação digital e o uso de
novas tecnologias com novidades para o mercado financeiro, avança mais uma
etapa nesta sexta-feira (13), quando tem início a fase 2. Esse sistema
financeiro aberto, que consiste no compartilhamento de dados e serviços entre
instituições financeiras e instituições de pagamento reguladas pelo Banco
Central (Bacen), pretende tornar o sistema financeiro do país mais competitivo
e inclusivo, gerando benefícios ao consumidor final.
Até
o fim do ano, o Bacen prevê o Open Finance, ou seja, uma ampliação do Open
Banking que vai abarcar outras empresas não integrantes do Sistema Financeiro
Nacional com o intuito de compartilhar os dados e serviços. Entre os
beneficiados, o segmento de fomento mercantil. De acordo com o presidente do
Sindicato das Empresas de Factoring de Minas Gerais (Sindisfac-MG)
e sócio-diretor da Simples Antecipação de Recebíveis, Roberto Ribeiro, essa
abertura gera transparência e fomenta a competição no mercado, favorecendo
todos os participantes, inclusive o factoring.
Com
isso, o Open Banking colabora positivamente para o desempenho do segmento de
fomento mercantil. “Quanto mais abertura e transparência, mais informações
sobre operações de crédito podem chegar às empresas do nosso segmento, o que
pode melhorar sensivelmente a análise de crédito de nossa clientela’’, explica
Roberto Ribeiro.
A
partir disso, esse sistema financeiro proporciona vantagens aos empresários do
segmento de factoring. ‘’A simetria de informações gera um ambiente econômico
mais assertivo e reduz o risco de crédito, o que implica em redução do spread
bancário e em um melhor acesso ao crédito para o empresário’’, comenta o
presidente do Sindisfac-MG.
A
implantação do Open Banking vai nivelar o acesso à informação e incentivar uma
maior dinamização da economia, com mais abertura, concorrência, transparência
e, principalmente, condições melhores para os clientes, que vão poder escolher
opções de créditos e serviços que atendam às suas necessidades e seus objetivos,
além de permitir que os consumidores utilizem seus dados financeiros para ter
acesso a vantagens, como, por exemplo, taxas mais competitivas.
A
segunda fase do Open Banking, a partir deste mês, vai permitir o
compartilhamento padronizado de dados pessoais pelas instituições
participantes. Segundo a diretora da PwC Brasil, Elisa Simão, ao prever o
compartilhamento dos dados, essa fase vai promover a abertura do sistema
financeiro, tirando a exclusividade da instituição da qual o cliente é
correntista na oferta de serviços financeiros. “Com isso, deveremos ter
produtos mais assertivos e uma atuação de players que não são apenas os
tradicionais do setor financeiro, entre eles fintechs e
empresas financeiras mais regionalizadas, que agora poderão atuar em novas praças",
comenta.
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