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Líderes da Igreja Católica se manifestam contra o julgamento do Marco Temporal

Caroline Lira
"Estamos na iminência do STF julgar o assim chamado Marco Temporal. É uma coisa quase inacreditável que se tenha que chegar ao Supremo para definir uma realidade que não tem lógica", afirma Dom Adriano Ciocca, Bispo da Prelazia de São Félix do Araguaia (MT), a respeito do julgamento sobre demarcação de terras indígenas que acontece na quarta-feira, (25) no STF. É uma vergonha para o Brasil ter que enfrentar um julgamento sobre esse tema. E será uma vergonha ainda maior se esse Marco Temporal for aprovado."

Na terça (24), a Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM-Brasil) e a Comissão Episcopal Para a Amazônia (CNBB) visitaram o acampamento Levante Pela Vida, em Brasília, onde povos indígenas de todo o país estão mobilizados em defesa de seus direitos constitucionais desde o dia 22 de agosto. Até dia 28 deste mês, esses grupos seguem em intensa mobilização contra as medidas e projetos anti-indígenas do Congresso Nacional e do Governo Federal. Dom Walmor (presidente da CNBB) e Dom Roque (presidente do Conselho Indigenista Missionário, o CIMI) estarão presentes na tenda principal do acampamento, para apoiar a luta dos povos indígenas contra o Marco Temporal.

"Os ministros do STF conhecem a história do Brasil, e sabem o que significa pensar na sustentabilidade do planeta, e principalmente na sustentabilidade dos povos indígenas. Diminuídos os seus territórios, diminuem os seus habitats, suas histórias. Não podemos dizimar, como fizemos no passado, os nossos irmãos e irmãs indígenas. Eu sonho e rezo para que seja tomada a decisão mais acertada, em prol da nossa casa comum, em prol do Brasil, nossa pátria amada, e principalmente em prol dos povos originários, porque são eles os mestres de muito conhecimento que desde os ancestrais nos vem transmitindo com toda sabedoria ao lidar com o espírito de amizade com a natureza". Afirma, Dom Neri José Tondello,Bispo de Juína - MT.

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