Open banking: quais as perspectivas de melhora para a classe médica?
Segunda fase do sistema passa a vigorar no Brasil, permitindo mais facilidade no acesso a créditos e financiamentos por pessoas físicas e jurídicas.
O Dr. João pretendia um
financiamento para a compra de novos equipamentos médicos, mas não teve seu
crédito aprovado pelo banco. A Dra. Ana tinha a meta de obter um empréstimo
bancário para expandir seu consultório dermatológico, contudo, segundo o
gerente da instituição financeira, “o CNPJ da empresa era novo demais para
isso”. E o Dr. André há anos reclama da permanência das altas taxas de juros e
da maior exigência de garantias na busca por linhas de crédito. As
circunstâncias narradas por João, Ana e André são bem frequentes no Brasil, mas
a expectativa é que elas estejam com os dias contados.
Tudo porque passou a vigorar
no país a segunda fase do Open Banking, um sistema de compartilhamento de
informações, dados e serviços financeiros pelos clientes bancários em
plataformas de tecnologia. Com isso, os médicos terão a garantia de acesso a
melhores taxas, prazos e serviços financeiros.
Como funciona o Open
Banking
Quando estiver em pleno
funcionamento, o Open Banking permitirá às instituições financeiras acesso a
todo o histórico de movimentação bancária de pessoas físicas e jurídicas. Desde
que consentidos pelo cliente, os dados estarão à disposição de várias plataformas
e, com isso, a pessoa poderá ver quem está propenso a lhe conceder o tão
almejado crédito. Com a ferramenta totalmente regulamentada pelo Banco Central,
será possível avaliar também as melhores taxas de juros, os prazos para
pagamentos, as opções e, posteriormente, fazer a contratação.
“Uma das grandes
vantagens do Open Banking é, justamente, a de dar ao cliente a propriedade de
suas informações e movimentações de forma que ele possa optar por
compartilhá-las com as instituições financeiras que ele desejar”, informa a CEO
da Mitfokus, Júlia Lázaro.
Principais benefícios
O Open Banking
proporcionará, segundo os especialistas, um novo itinerário econômico no que
diz respeito à conectividade e à competitividade na oferta de produtos e
serviços bancários aos clientes, incluindo os médicos. Júlia Lázaro explica:
Júlia Lázaro, da Mitfokus Soluções
Financeiras
“Hoje o histórico das transações e empréstimos financeiros dos médicos pertence ao banco que ele escolheu trabalhar. Diga-se de passagem, eles têm taxa de inadimplência zero, mas, mesmo assim, têm muitas dificuldades para conseguir crédito. Com o Open Banking isso está com os dias contados: as informações passarão a ser efetivamente do cliente, que conseguirá ter, na palma das suas mãos, o histórico de seu comportamento econômico. Então, a Mitfokus terá à disposição opções de crédito, financiamentos e serviços com bem mais facilidade e agilidade, que podem fazer a diferença na hora de viabilizar, expandir um negócio, ou, por exemplo, contratar mais pessoal para a equipe”.
Expansão deverá ser via
fintechs
As fintechs deverão ser
a grande mola propulsora disso, acredita Albert Morales, que é diretor-geral da
Belvo, principal plataforma de Open Finance na América Latina, especializada em
infraestruturas que permitem conexão entre os bancos e fintechs. A empresa, que
atua no México e na Colômbia desde 2019, tem apostado pesado no Brasil,
justamente para apoiar empresas nesta transformação digital financeira.
“Reduzindo a
burocracia, a expectativa é que haja mais processos eficientes e novos
participantes no mercado, fomentando a economia e gerando melhores
oportunidades financeiras a todos, além de mais empregos e renda”, afirma
Morales.
É o caso da parceria da
Belvo com a Mitfokus, por exemplo. Voltada à área médica, a parceria
possibilitará maior automação dos processos contábeis, fiscais e econômicos,
oferecendo a esses empreendedores meios confiáveis e precisos para que eles
tenham oportunidade de conjecturar os processos e aferir prováveis “gargalos”
operacionais, a fim de reduzir os custos e ter um melhor planejamento dos
investimentos.
“E, na terceira fase de
implantação do Open Banking, chamada de ‘adesão aos serviços’, proporcionaremos
a inicialização de pagamentos, e os médicos poderão realizar qualquer operação
fora do ambiente do banco – por meio de um aplicativo de mensagens, por
exemplo”, diz Morales.
Tecnologia a favor do
médico
Tendo em vista a alta e
complexa carga fiscal brasileira, tem surgido cada vez mais no mercado
inovações que focam em gerar praticidade, eficiência financeira e que estarão
cada vez mais integradas à contabilidade da empresa com o intuito de reduzir
impostos, garantirem a entrega de suas obrigações acessórias em dia e que
possibilitem um crescimento efetivo através de um bom plano de gestão.
Na Mitfokus, por
exemplo, é tudo integrado. Há o Mitnotas: um sistema para geração de notas
fiscais que visa acabar de vez com problemas de preenchimento incorreto de
dados; informações perdidas; softwares especializados; notas rejeitadas;
correções; cancelamentos; e denegação de NF-e, que ocorre quando o documento
não é autorizado.
Depois, essas
informações vão para o Mitsystem – sistema que integra todas as partes da
gestão, a partir de uma plataforma simples de serviços, como consultas
tributárias, emissão de notas, livro-caixa e outros serviços, conectando e
facilitando a comunicação das áreas de finança, contabilidade, recursos
humanos, e agora com o Open Banking.
“A tecnologia veio para
cuidar da saúde financeira e tudo que diga respeito ao fluxo de dinheiro ou de
capitais, que requer controle constante. Isso permite que os médicos possam
focar em sua atividade-fim, que é cuidar da saúde das pessoas, sem se preocupar
com as burocracias do dia a dia”, finaliza a CEO da Mitfokus.
Saiba mais em: https://mitfokus.com.br/
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